Rádio Cultura promove debate sobre o transporte coletivo de Foz do Iguaçu

A prefeitura e o Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans), estão propondo um acordo entre o município e as empresas que compõe do Consórcio Sorriso. O documento que será enviado aos empresários propõe que o pagamento às empresas seja por quilômetro rodado até a antecipação do fim do contrato, que terá prazo de seis meses, podendo ser renovado por seis meses.

Até março de 2020, o transporte coletivo operava com 158 ônibus circulando diariamente, hoje, não passam de 70 ônibus. A diminuição inviabiliza o serviço e não permite o aumento da frota. O assunto foi tema do programa Contraponto, nesta quarta-feira (8). Assista o debate completo no final do texto.

O diretor-superintendente do Foztrans, Licério Santos, acredita que as negociações entre o município e empresários avançam. “A solução mais viável é a antecipação do contrato e pagamento por quilômetro rodado”, disse.

O empresário Cezar Alamini, da Transbalan, afirmou que a expectativa é que a situação se resolva. Sobre a rescisão contratual antecipada, Alamini se mostrou favorável, desde que os investimentos feitos pelo Consórcio ao longo do contrato seja calculado. Segundo ele, foram cerca de R$ 100 milhões gastos pelas empresas desde 2010.

“Não se iludam que a simples retirada do Consórcio vai resolver o problema”. O documento elaborado pela prefeitura e Foztrans ainda será analisado juridicamente. “Se nos der o mínimo de garantia a gente vai concordar”, disse o empresário.

Dilto Vitorassi, presidente do Sindicatos dos Trabalhadores Rodoviários, falou sobre a dívida das empresas com os trabalhadores do transporte coletivo. Segundo ele, existe uma perda de reposição salarial que já chega a 34%. “Não tenho nenhum intensão de trancar o patrimônio dos empresários para garantir os direitos dos trabalhadores”, disse, defendendo que o município subsidie o transporte até que uma nova empresa seja licitada. “Vamos voltar a ter equilíbrio financeiro quando o passageiro se sentir incentivado a deixar o carro na garagem”.

Fernando Martín, do Conselho de Usuários do Transporte Coletivo, reclamou da falta de participação do conselho nas decisões entre prefeitura e Consórcio. “Queremos participar, porque no final o Conselho dará um parecer”, disse.

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