Redução de impostos no comércio fronteiriço paraguaio sofre resistência da capital e não avança

O projeto apresentado pelos empresários de Ciudad del Este propõe tributação única, o que reduziria os impostos para 4% no comércio de fronteira. Objetivo é concorrer com as Lojas Francas do Brasil, que tem tributação de 6%.

A equipe econômica do Poder Executivo do Paraguai segue sem definir uma posição em relação ao projeto de reativação comercial da fronteira. A proposta que reduziria impostos para o comércio desta região é defendida pela Câmara de Comércio e Serviços de Ciudad del Este, com apoio de outras cidades de fronteira, como Salto del Guairá e Pedro Juan Caballero. O projeto sofre por resistência do empresariado da capital Assunção, que alega concorrência desleal.

O projeto apresentado pelos empresários de Ciudad del Este propõe tributação única, o que reduziria os impostos para 4% no comércio de fronteira. O objetivo é competir com as Lojas Francas do Brasil, que atualmente tem tributo de 6% nos produtos vendidos neste tipo de comércio. De acordo com o viceministro de Comércio e Serviços do Paraguai, Pedro Mancuello, a proposta só irá avançar quando houver acordo entre empresários da capital e da fronteira.¨

Segundo Mancuello, o governo está mediando um acordo entre os dois setores, mas admite que há uma espécie de “telefone cortado” entre as associações comerciais da capital e cidades de fronteira. Os empresários de Assunção dizem que a proposta é inviável, pois coloca seus interesses em jogo. Uma reunião foi realizada na semana passada reunindo representantes de ambos, onde a proposta foi analisada. Porém, até o momento não houve avanços.

Os empresários fronteiriços argumentam que Ciudad del Este, e outras cidades de fronteira, dependem exclusivamente do comércio, diferente de outros municípios, alguns eminentemente agrícolas, como Santa Rita, Naranjal, entre outros. As cidades de fronteira com o Brasil dependem da competitividade para seguir sendo rentáveis.

Fonte: La Clave

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