Defesa de Barakat classifica como “perseguição” forma como o Paraguai tratou o caso

Em 2018, o Brasil extraditou Barakat para o Paraguai. Imagem: Reuters.

Ouça a entrevista com a defesa de Barakat:

A defesa do libanês Assad Ahmad Barakat classificou como “perseguição” a forma como o governo paraguaio tratou o caso. Barakat, que teve a cidadania paraguaia cancelada, foi expulso do país e devolvido ao Brasil no último dia 9 de abril.

Barakat foi levado pelas autoridades paraguaios até o lado brasileiro da Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, onde fez os trâmites de entrada no país e foi liberado para casa em seguida. O libanês também possui cidadania brasileira.

Uma perseguição que o governo paraguaio fez, usando ele como “bode expiatório. Uma pessoa muito bem quista na sociedade, tanto iguaçuense quanto árabe”, disse o advogado Jaimir Reinaldo Rezner, à Rádio Cultura.

Dr. Rezner, ressaltou, que a imprensa brasileira cometeu um equívoco ao noticiar que Assad Barakat seria um representante do Hezbollah, grupo político-militar do Líbano.

“No Brasil alguns meios de comunicação fizeram ligação à células terroristas e outras acusações infundadas. O processo de uso de documento falso não foi comprovado”, disse.

Extradição em 2020

A pedido do governo paraguaio, a Polícia Federal (PF) extraditou Assad Ahmad Barakat em julçho de 2020, preso em 2018, em Foz do Iguaçu, pelo crime de falsidade ideológica. O libanês estava detido na Superintendência Regional da PF, em Curitiba, desde setembro de 2019.

A extradição de Barakat para o Paraguai foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 4 de junho de 2020. De acordo com a defesa do réu na época, pelas regras do Mercosul, o prazo para que a medida fosse executada havia expirado duas semanas antes.

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