Obra do escritório da Fibra, financiada por Itaipu, garante carteira assinada para 60 trabalhadores

A construção iniciada em setembro do ano passado foi fundamental para as famílias passarem por esse momento difícil da economia. Obras de Itaipu, com aportes de R$ 2,5 bilhões, geram mais de 3 mil empregos.

Foto: Sara Cheida/ Itaipu Binacional

O ajudante de pedreiro Romário Marçal, de 24 anos, estava desempregado havia três meses quando o pessoal da Construtora Tarobá ligou para fazer uma oferta de serviço. Era junho do ano passado, a última parcela do auxílio emergencial já tinha caído e Romário estava distribuindo currículo. O trabalho: atuar nas obras da nova sede da Fundação Itaipu Brasil (Fibra), que seria construída na Vila A, em Foz do Iguaçu, com o financiamento de R$ 5,2 milhões da Itaipu Binacional.

Agora, a uma semana da conclusão do prédio, Romário e o colega Carlos Nepomuceno, de 19 anos, trabalham na limpeza externa do local. Querem deixar tudo tinindo para inauguração, marcada para o próximo dia 31. Romário é um dos 60 trabalhadores de Foz do Iguaçu que tiveram a oportunidade de fazer uma renda com a obra da Fibra. Dinheiro essencial, principalmente, nesses tempos de crise econômica.

Juntas, as obras e iniciativas de Itaipu, com aportes de mais de R$ 2,5 bilhões, geram mais de 2,5 mil empregos. Para o diretor geral-brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, a movimentação da economia é uma contrapartida importante que a usina dá para a população. “Estamos investindo no crescimento da região e da qualidade de vida da nossa gente.”

“Estaria muito mais difícil se eu não tivesse essa oportunidade”, continua Romário, que trabalha na construção civil desde a adolescência. “Eu estava desempregado e já tinha enviado alguns currículos, mas ninguém me chamava. Só tenho que agradecer por poder trabalhar aqui.” Quando entregar a obra, ele já espera “engatar” outro serviço, na construção de uma roda gigante, no Marco das Três Fronteiras. O investimento foi atraído por outra obra financiada por Itaipu: a segunda ponte entre Brasil e Paraguai.

Quem também já tem emprego garantido depois dessa obra é Emerson Valério, de 36 anos, carpinteiro de formação, e “faz-tudo” na construção, o que é essencial, principalmente, nesta fase final da obra. Apesar dos dez anos de experiência, Emerson considerou a construção do prédio um desafio. “Pra mim foi um aprendizado novo, era uma obra de prazo curto, tivemos que trabalhar bastante”, considera.

O salário, claro, também foi fundamental. “Foi um dinheiro bom, conseguimos fazer algumas horas extras que reforçou ainda mais a renda”, conta. Casado com a dona de casa Leila, e pai do Cauan (12 anos), Davi (9) e Samuel (4), Emerson é o único provedor da casa. “Esse trabalho chegou a hora certa, sem ele a gente estaria em uma situação bem complicada.”

As obras iniciadas em setembro passado entram nas frentes finais de trabalho nesta semana. “O mais urgente é finalizar a parte interna e o calçamento externo, depois fazer a limpeza geral e entregar para ser inaugurada”, explica o mestre de obras José Martins, de 47 anos, responsável pela construção. Com a experiência de quase 30 anos na construção civil, José se sente especialmente satisfeito com a iminência de mais uma inauguração: “Ficou um edifício bonito!”

Nova “casa”

Na tarde desta terça-feira (23), um grupo de colaboradores da Fibra visitou a futura casa. Quando concluída, a sede vai abrigar os 34 empregados da fundação além dos três diretores, cedidos do quadro próprio da Itaipu. O prédio de 1.407 m² de área construída foi levantado em um terreno de 5.200 m², cedido pela Itaipu, na Vila A.

O edifício tem sala de recepção, escritório principal, duas salas de reunião, miniauditório, salas da diretoria, além de copa, área de impressão, vestiários, banheiros e até uma área externa para confraternização. O estacionamento para 30 carros será todo coberto com 264 placas fotovoltaicas que, quando em funcionamento, fornecerá toda a energia consumida no prédio.

A construção da nova sede foi necessária após o fechamento do escritório da Fibra, em Curitiba, em 2019, seguindo as diretrizes do diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna. “Em Foz do Iguaçu, a Fibra ficará mais perto de seus assistidos e da administração central, agilizando o processo de tomada de decisões”, disse Silva e Luna.

De fato, 97,3% dos participantes ativos e 50,8% dos assistidos vivem na cidade. No total, a Fibra possui 1.330 participantes ativos e 1.922 participantes assistidos, alcançando mais de 7.300 pessoas beneficiadas diretamente.

Assessoria

Sair da versão mobile