Brasileira proíbe funcionários de falar guarani e é alvo de protesto no Paraguai

A mulher é uma empresária do ramo da soja e se incomodou com os peões que falam o idioma de origem indígena em público.

Imagem: ABC Color

Uma mulher de origem brasileira foi alvo de protestos na cidade paraguaia de Curuguaty, após um áudio onde ela proíbe seus funcionários de falar o idioma guarani vazar por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. Janice Haverrot é empresária da soja e vive há mais de duas décadas no país.

No áudio em português, Janice pede que os funcionários da fazenda não falem o guarani. O idioma de origem indígena é considerado oficial no país assim como o espanhol. Após o compartilhamento do áudio, um grupo de moradores foi até em frente a casa da brasileira, onde jogaram papel higiênico e pintaram os vidros com a frase ‘Terra Guarani’.

No áudio ela diz que está incomodada com os funcionários que trabalham na fazenda, que quando se aproxima do grupo continuam falando em guarani. “Eu não quero falar guarani por que não me interessa. O português e o espanhol já está bom para mim. Então, a partir de hoje está proibido falar em guarani na estância”, disse a empresária.

Após a repercussão negativa, a brasileira se desculpou em público e explicou que a intensão era limitar as besteiras no uso do sistema de comunicação de rádio que possui na fazenda. “Me sinto paraguaia, tenho filha paraguaia e trabalhei muito tempo como voluntário no hospital Curuguaty. Ajudei muita gente e continuo ajudando, porque me sinto muito bem aqui”, disse Janice.

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