Suspeito na morte de adolescente em motel deixa a prisão: “Não dei drogas, não bati ou estuprei”

Ainda de acordo com a defesa, há informações preliminares e não-oficiais de que o corpo da adolescente não possui marcas de qualquer tipo de violência, física ou sexual.

Foto: Reprodução/Facebook

Lucas Nascimento de Carvalho, de 29 anos, suspeito na morte de Lívia Izabel Zanetoni, 16 anos, após hemorragia em um motel em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, na tarde desta quarta-feira (20), deixou a prisão. Ele nega as acusações de que teria sido responsável pela morte da garota.

Em entrevista à  Rádio Banda B, de Curitiba, na tarde desta quinta-feira (21), o suspeito disse que não esperava pelo o que aconteceu naquela tarde. “Eu sai com ela, tudo certinho, e poucos instantes depois que chegamos no motel aconteceu esse fato. Foi um acontecido que ninguém esperava, uma hora ou outra podia acontecer, mas isso aí é caso de natureza mesmo. Não dei drogas pra ela, não dei nada, não bati, não estuprei, nada, então é coisa de quando é pra acontecer mesmo”, se defendeu Lucas.

Ele chegou a ser detido na Delegacia de Pinhais, mas foi liberado após depoimento. Segundo o advogado de defesa Igor Ogar, Lucas não colaborou para a morte de Lívia. “Ele já está em liberdade, pois conseguimos convencer a autoridade policial do fato de que o mesmo em nada colaborou na morte dessa adolescente. Muito menos tenha cometido qualquer atitude sobre algum aspecto penal, criminal ou até imoral”, afirmou o advogado.

Ainda de acordo com a defesa, há informações preliminares e não-oficiais de que o corpo da adolescente não possui marcas de qualquer tipo de violência, física ou sexual.

As autoridades policiais aguardam o resultado de exames complementares. “O próximo passo é aguardar novas informações de exames complementares solicitados pela autoridade policial e recebidos pelo Instituto de Criminalística. Eles vão apurar se existiu ou não o consumo de alguma substância entorpecente, bem como as condições físicas do suspeito”, completou Ogar.

De acordo com Lucas, a hemorragia na adolescente começou logo após a relação sexual. Ela foi levada por ele até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Pinhais e morreu pouco tempo depois. A causa da morte está sendo investigada.

Lucas já tem passagens pela polícia. No Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM), há informação de que a garota era virgem.

Família

A avó de Lívia, Maria Antônia, disse que a neta era saudável e espera que o rapaz pague pelo o que fez. “Esse cara tem que pagar. Ela era uma menina querida, boa, saudável, ela não tinha problema, então alguma coisa ele fez”, disse indignada.

Já a mãe da garota, Ana Paula Zimiani, disse estar arrasada com a situação. “Acabou o mundo pra nós, a gente morreu junto com ela. Ele matou ela e a família inteira”, lamentou ela.

Ministério Público

Em nota enviada à Banda B, a 1ª Promotoria de Justiça de Pinhais disse ter tomado conhecimento do fato nesta quinta-feira. Leia na íntegra:

A 1ª Promotoria de Justiça de Pinhais, com atuação na área da infância e juventude, tomou conhecimento dos fatos nesta quinta-feira (21) e determinou a instauração de Procedimento Preparatório para reunir elementos para identificação dos responsáveis pelo estabelecimento, visando o oferecimento de representação em Procedimento para Imposição de Penalidade Administrativa por Infração às Normas de Proteção à Criança e ao Adolescente, por violação ao artigo 82 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Segue abaixo legislação paranaense:

• Lei Estadual nº 17.147/2012-PR, de 09 de maio de 2012
Obriga os hotéis, motéis, pensões e estabelecimentos congêneres a afixarem cartazes com as exigências legais para hospedagem de crianças e adolescentes.

• Lei Estadual nº 15.978/2008-PR, de 19 de novembro de 2008
Dispõe que os hotéis, pousadas, pensões, albergues, motéis e estabelecimentos congêneres, localizados no Estado do Paraná, ficam obrigados a registrar e manter um cadastro de menores de 18 anos que vierem a hospedar, conforme especifica e adota outras providências.

• Lei Estadual nº 14.426/2004-PR, de 07 de junho de 2004
Torna obrigatório que hotéis, pensões, pousadas e albergues mantenham ficha de identificação de crianças que se hospedem nos estabelecimentos.

A Polícia Civil segue investigando o caso.

Fonte: Banda B

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