Paraguai conclui 106 km da Rota Bioceânica que vai ligar Chile ao Mato Grosso do Sul

A obra é um marco estratégico para viabilizar a integração comercial e cultural do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, além de desenvolver uma região isolada do Paraguai, o Chaco.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, inaugurou nesta quinta-feira, 13, mais um trecho da Rodovia PY-09. Com isso a Rota Bioceânica, que irá ligar os Oceanos Atlântico, no Brasil, e o Pacífico, no Chile, chega a 106 km no Paraguai. O projeto prevê um total de 277 quilômetros em obras, ligando Carmelo Peralta (Alto Paraguai), na fronteira com Porto Murtinho (MS), a Loma Plata (Boquerón), passando pelo Chaco Paraguaio.

A PY-09 é conhecida como Transchaco, único trecho não pavimentado da ligação transcontinental que abrirá uma nova rota para exportações de produtos pelos portos do Chile. Além desse investimento, o governo paraguaio assumiu, por meio da Itaipu Binacional, a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY).

“Hoje estamos celebrando que chegamos aos 100 quilômetros desta rodovia que vai mudar para sempre a história do Chaco paraguaio e a história do país” celebrou Benítez. Para o presidente, a obra será fundamental para o desenvolvimento econômico do Chaco. “Todo o desenvolvimento da região não vai passar nem por cima, nem por baixo do Paraguai, mas sim pelo coração do país através dessa grande obra que a Rodovia Bioceânica” salientou o presidente.

A conclusão está prevista para fevereiro de 2023. O asfalto da PY-09 está sendo implantado pelo Consórcio Corredor Vial Oceânico e o custo total será de US$ 440 milhões. A construção está subdividida em 40 trechos e está sendo implantada uma nova rodovia, paralela à de terra, com aterro para evitar as cheias e asfalto com espessura de 26 centímetros.

Obra estratégia também para o Brasil

A Rota Bioceânica reduzirá em 17 dias o trajeto de viagem das commodities do Mato Grosso do Sul até o mercado asiático, embarcando nos portos chilenos ao invés de usar os terminais de Paranaguá (PR) e de Santos (SP). Partindo de Campo Grande, a rodovia vai percorrer 2.400 quilômetros até o Pacífico, integrando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

A obra representa não apenas um marco estratégico para viabilizar a integração comercial e cultural dos quatro países, mas o desenvolvimento de uma região isolada do Paraguai.

Fonte: Agência IP/Campo Grande News/MS Notícias

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