Entre fogo cruzado, pescadores reclamam de falta de segurança no Rio Paraná

Pescadores em Foz do Iguaçu enfrentam vários problemas como a falta de peixe devido a estiagem, falta de assistência do Ministério da Agricultura e agora encaram a falta de segurança no Rio.

Imagem: Grampo Comunicação/Marcos Labanca

O Rio Paraná, na região de fronteira entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este há alguns anos é ocupado pela criminalidade. Contrabandistas e traficantes atuam fortemente na região com mercadorias, cigarros e drogas há décadas. Porém, desde o fechamento da fronteira devido à pandemia, a situação ficou ainda mais grave. Frequentemente estão sendo registrados tiroteios durante a noite entre os criminosos e as forças de segurança que atuam no Rio, sejam brasileiras ou paraguaias.

Em meio ao fogo cruzado, encontram-se os pescadores, que tiram o sustento das águas do Rio Paraná. De acordo com o presidente da Colônia Z12, de Foz, Flávio Kabroski, os pescadores tiveram que subir o rio, e estão pescando apenas no Lago de Itaipu. “A situação está muito difícil, está havendo muito tiroteio às margens do rio, no lado paraguaio e brasileiro, os pescadores não estão podendo exercer a profissão aqui” lamenta.

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Além da falta de segurança, os pescadores estão sofrendo com a falta de peixes causada pela estiagem. “Os pescadores estão passando por dificuldades para sobreviver, além de ter pouco peixe devido à baixa do Rio Paraná, do Lago de Itaipu, por causa da seca, a categoria também sofre com a falta de segurança” pontua.

Kabroski disse também que não estão encontrando assistência do Escritório da Pesca, que fica em Curitiba. “Estamos dificuldades para fazer encaminhamentos porque o escritório está ficando a maioria do tempo fechado. Houve mudanças no setor da pesca, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e tem pescador que ainda não recebeu o seguro defeso do ano passado” afirmou.

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