MS: Operação da Polícia Federal mira policiais na lista de propina de cigarreiros

Sete servidores da Polícia Civil foram identificados como possíveis líderes regionais do esquema de distribuição de valores realizados pela Máfia dos Cigarros

(Foto/Arquivo: Osvaldo Duarte) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

O pagamento de propina a núcleo de policiais civis de Mato Grosso do Sul desencadeou a 4ª fase da Operação Nepsis da Polícia Federal. A Operação tem apoio da Corregedoria da Polícia Civil de MS. Hoje, são cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em cinco municípios. A suspeita é de pagamentos para facilitar o contrabando de quadrilheiros da Máfia do Cigarro.

Sete servidores da Polícia Civil foram identificados como possíveis líderes regionais do esquema de distribuição de valores realizados pela Máfia dos Cigarros para a facilitação do contrabando, sendo que cinco deles tiveram a suspensão da função pública decretada cautelarmente pelo juízo. Os outros dois já são aposentados.

Equipe formada por 60 policiais cumpre mandados em Amambai, Iguatemi, Itaquiraí, Naviraí e Ponta Porã, todos expedidos pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã. Esta 4ª fase foi denominada “Arithmoi”, o que significa “números” em grego e remete à contabilização de vantagens indevidas encontradas nas listas de pagamento.

A apuração começou com a identificação de listas de contabilidade contendo registros de pagamento a esses servidores na região do Conesul. A relação estava em documentos e celulares apreendidos de membros dos quadrilheiros, alvos da 1ª fase da Operação Nepsis, deflagrada em 22 de setembro de 2018.

O grupo criminoso investigado na Operação Nepsis formo um consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai, sustentada por dois pilares: sistema logístico de características empresariais e, ainda, a corrupção de policiais para facilitar o esquema criminoso.

Os detalhes dessa fase da operação serão repassados esta manhã, em entrevista na PF em Campo Grande.

Fonte: Campo Grande News

Sair da versão mobile