Óbito por Covid-19: Saúde analisa possível falha no protocolo de atendimento

Paciente passou por três hospitais antes de ser diagnosticado com Covid-19. Ele não resistiu e veio a óbito na madrugada do dia 26.

Foto: Governo do Estado de São Paulo

A Secretaria Municipal de Saúde está verificando uma possível falha no protocolo de atendimento ao paciente que morreu por Covid-19 em Foz. A informação foi confirmada à Rádio Cultura pelo gerente da Vigilância Epidemiológica em Foz do Iguaçu, Roberto Doldan. Ele afirmou que o paciente procurou atendimento mais de uma vez, em hospitais diferentes, antes de ser diagnosticado com a doença.

Segundo Doldan, a Vigilância está em contato com a família para verificar o deslocamento do paciente. “Pelo histórico que levantamos junto à família, infelizmente, isso se confirma, ele procurou mais de um serviço, essa situação está sendo levantada, para podermos identificar quais foram as fragilidades do processo de atendimento para corrigir” destacou Doldan.

Deslocamento

Um familiar afirma que o paciente procurou atendimento pela primeira vez em um hospital particular no dia 17 de abril, quando foi medicado para Gripe, após raio X. Ele voltou ao hospital no dia 19, mas não foi atendido, apenas pegou uma guia para atendimento no dia 20. Ainda no dia 19, ele foi levado ao Hospital Municipal, onde foi diagnosticado com pneumonia e foi mandado pra casa.

O quadro piorou no dia 20 e foi internado em um terceiro hospital, também particular. Por volta da meia noite a família foi informada que o quadro era gravíssimo. Um exame de Covid-19 foi realizado, mas teria dado negativo. No dia 21 ele foi transferido novamente para o Hospital Municipal, já com diagnóstico de coronavírus, onde faleceu na madrugada do dia 26.  Há oito anos o paciente fazia tratamento regular para hipertensão arterial sistêmica após um cateterismo.

Protocolos

Doldan destacou que uma reunião será realizada com os profissionais de todas as unidades onde o paciente teria passado para averiguar o deslocamento. “Hoje vamos se reunir com os profissionais destas unidades que foram relatadas para saber a real história desse deslocamento” pontuou Dodan.

Roberto Doldan também explicou por que no obituário a causa da morte é atestada como natural. “É um protocolo também, é uma formalidade dos obituários constar como morte natural , mas nós nos atentamos ao que está na declaração de óbito, nela a causa da morte está diagnosticada como morte por Covid-19” ressaltou.

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