Ex-chefe de gabinete de Richa é condenado a 10 anos de prisão por corrupção e fraude

O ex-governador é réu em outra ação penal, que ainda está em tramitação.

O juiz federal substituto da 23.ª Vara Federal de Curitiba Paulo Sérgio Ribeiro decidiu que foi comprovado o pagamento de propina pela Odebrecht que favoreceu integrantes do governo de Beto Richa. Na sentença, o juiz julgou parcialmente procedente as acusações feitas pela força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná em 2018, informa o Blog Contraponto, do jornalista Celso Nascimento.

O ex-chefe de gabinete de Beto Richa, Deonilson Roldo, foi condenado à pena de 10 anos e 5 meses de regime inicial fechado pela prática dos crimes de corrupção passiva e fraude à licitação, além de pagamento de multa.

Já o empresário Jorge Theodócio Atherino, operador financeiro do grupo político que comandava o estado do Paraná, também foi condenado pela prática do crime de corrupção passiva. O juiz aplicou para Atherino a pena de 4 anos, 9 meses e 15 dias, para cumprimento em regime inicial semiaberto, além de pagamento de multa. Ambos foram absolvidos das imputações do crime de lavagem de dinheiro.

Já era madrugada do dia 11 de maio de 2018 quando se descobriu a existência da gravação de uma conversa que Deonilson Roldo, então chefe de Gabinete do governador Beto Richa, tivera pouco antes do carnaval daquele ano com o executivo Pedro Rache, representante do grupo Bertin, interessado em participar da licitação da PR-323 – uma obra rodoviária de R$ 7 bilhões e que daria ao vencedor um contrato para pedagiar a estrada de 220 quilômetros por 30 anos.

Deonilson não sabia que Rache guardava no bolso um celular para gravar toda a conversa e nele ficaram registradas insinuações do influente assessor de Richa de que o governo já tinha firmado compromisso com a Odebrecht. Em troca para sair da concorrência, oferecia-lhe possíveis vantagens num negócio na Copel.

A gravação comprometedora foi parar nas mãos da Lava Jato, entregue pelo empresário Tony Garcia, que firmara acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. E foi esta fita o estopim para que se descobrisse todo o resto e mais um pouco. E que culminou nesta quarta-feira (22) com a sentença da 23.ª Vara Federal de Deonilson Roldo e do operador Theodócio Atherino.

Clique aqui e veja como o Blog Contraponto registrou toda a história. Ouça de novo a gravação.

Blog Contraponto com Banda B

Sair da versão mobile