Reforma tributária pode quebrar Foz do Iguaçu, diz prefeito

De acordo com Brasileiro, só de ICMS Foz perderia cerca de 40 milhões de reais por ano. Prefeitos se reúnem em Brasília nesta semana para discutir a reforma.

Imagem ilustrativa

Prefeitos de todo o Brasil estão preocupados com a reforma tributária que está tramitando na Câmara Federal. Segundo o texto, cinco tributos ligados ao consumo seriam unificados, entre eles o Imposto Sobre qualquer Serviço (ISS) e o Imposto Sobre Circulação De Mercadorias E Serviços (ICMS). De acordo com o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, a reforma faria com que Foz perdesse no orçamento cerca de 40 milhões de reais por ano só de ICMS.

O texto da reforma tributária, já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, acaba com três tributos federais – IPI, PIS e Cofins. Extingue também o ICMS, que é estadual, e o ISS, municipal. Todos eles incidem sobre o consumo. No lugar, é criado o IBS, Imposto sobre Operações com Bens e Serviços, de competência de municípios, estados e União, além de outro imposto, sobre bens e serviços específicos, esse de competência apenas federal. O tempo de transição previsto é de dez anos. A previsão é de que o texto seja encaminhado em outubro para a aprovação em plenário.

“Este projeto de reforma tributária pode quebrar o município, é extremamente danoso para municípios do porte de Foz do Iguaçu” alertou o prefeito. Além do ICMS, o município também perderia o ISS, que, segundo o prefeito o prejuízo seria de cerca de 120 milhões de reais, “é a segunda maior fonte e receita do município” destacou o prefeito.

Na proposta, o dinheiro arrecadado pelo imposto seria encaminhado para Brasília e em seguida redistribuído per capita, ou seja, por habitantes do município. “Dinheiro que sai do município e vai pra capital, nunca volta como deve voltar” adverte.

O prefeito também chama a atenção para o fato de que Foz do Iguaçu pode ser ainda mais prejudicada por não ter sua economia baseada em indústria, mas sim em serviços, no caso o turismo. “Foz do Iguaçu, mesmo que avancemos em indústria, jamais será uma cidade industrial, e tirar o ISS que é essencialmente de serviço, pode comprometer o futuro da nossa cidade” ressalta.

O projeto tramita à revelia do governo federal. Para tentar barrar a reforma com os termos que estão sendo propostos, prefeitos de todo o Brasil irão se reunir em Brasília nesta semana para discutir com a Comissão especial que foi criada pela Câmara. “Nós vamos lutar com todas as forças para que isso seja aprovado da forma que está, um dos maiores prejudicados é Foz” conclui o prefeito.

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