Diretor do Foztrans critica Câmara por adiar aprovação de projeto para ter ar-condicionado em ônibus no município

Prefeitura esperava a aprovação do projeto de isenção do ISSQN para empresa antes do recesso, mas só deve ser votado em agosto. “Parece que os vereadores querem que a população passe calor”, disse Maraninchi.

O diretor-superintendente do Foztrans, Fernando Maraninchi, criticou a Câmara Municipal de vereadores por não ter aprovado antes do recesso o projeto de lei que permite o abatimento de impostos para a empresa responsável pelo transporte coletivo. A medida é necessária para que os ônibus com ar-condicionado comecem a circular na cidade.

O projeto garante a isenção do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) para a empresa responsável pelo transporte urbano. Caso o projeto não seja aprovado pela câmara, o serviço será cobrado na tarifa, sendo adicionados 10 centavos na passagem dos ônibus com o sistema de refrigeração instalado. A princípio são 15 ônibus com ar-condicionado que irão atender algumas linhas da cidade, priorizando o corredor turístico.

O projeto já teve parecer favorável do IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal) e do jurídico da câmara, no entanto, os vereadores alegam que ainda há dúvidas em relação ao projeto. “Temos algumas dúvidas em relação à questão de números e valores, entre elas, está o valor de manutenção, que estabelece 100 mil reais por mês, nós sabemos que existe toda a questão de manutenção, mas queremos planilhas que especifique isso” cobrou o vereador Anderson de Andrade, justificando o adiamento para a votação.

“Parece que os vereadores querem que a população passe calor” desabafou Fernando, alegando que o projeto é algo simples “é a isenção do ISSQN para o transporte público, já tem parecer favorável do jurídico da câmara e do IBAM, mas a câmara atrasou em um mês o ônibus com ar” disse ele.

Sobre os gastos com manutenção, Maraninchi explicou que a empresa fez um levantamento e que os números ficaram acima de 100 mil, “é o peso, o chassi, é a carroceria, é o pneu que gasta mais, por que o carro é mais pesado, é o freio, é a pastilha, é a correia, é o filtro do ar-condicionado” especificou.

Com o projeto aprovado, a prefeitura deixaria de arrecadar 120 mil reais por mês do transporte coletivo “pela gestão econômica e eficiente que o prefeito tem feito a frente do município, pode abrir mão para dar esse benefício à população” afirmou. “Alguns vereadores, não sei se querem criar dificuldade, se tem dúvidas, criem uma emenda, mas atrasar em um mês para ter o ar, é lamentável”, concluiu.

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