Frente Parlamentar vai marcar audiência pública para debater reabertura da Estrada do Colono

Audiências devem ocorrer no dia 15 e 16 de agosto em Capanema e Medianeira.

No começo da tarde desta segunda (01), a Frente Parlamentar pela reabertura da Estrada do Colono se reuniu em Curitiba. Em debate, a urgência para a reabertura de um trecho da estrada, considerada importante para o desenvolvimento regional no Oeste e Sudoeste Paranaense.

A primeira providência da Frente Parlamentar será debater as ideias com a população. A Comissão de Turismo também é parceira do grupo. No encontro, ficou em aberta uma data para audiência pública, que deve acontecer (após confirmação) nos dia 15 de agosto em Capanema e no dia 16 de agosto em Medianeira. O Deputado estadual Coronel Lee, um dos membros da Comissão, falou sobre o assunto. “Esse é um tema que vem se estendendo há muitos anos, e pretendemos dar uma solução correta e definitiva”, salientou. A Comissão ainda estudará os projetos para a reabertura da estrada, bem como ouvirá as comunidades envolvidas nesta questão.

Histórico

Oficialmente denominada de PR-495, a Estrada do Colono liga a cidade de Serranópolis do Iguaçu à cidade de Capanema. Fechada em 2001 a pedido da UNESCO, o trecho em discussão tem pouco mais de 17 quilômetros, e corta o Parque Nacional do Iguaçu. O fechamento desse percurso aumentou de 58 para mais de 170 quilômetros a distância entre as duas cidades.

Uma pesquisa realizada em 2004 indicou que as maiores perdas constatadas dizem respeito a três aspectos: no movimento de pessoas no comércio e na cidade, na desvalorização das terras e no encurtamento do trajeto oeste-sudoeste. Em relação às perdas econômicas, estudiosos indicam que o município de Capanema apresentou, até o ano de 1995, uma perda acumulada de cerca de 327 milhões de reais, correspondendo à diminuição das atividades econômicas no comércio, serviços, turismo, agricultura e indústria. Além disso, a população do município se reduziu quase pela metade. Muitos moradores e políticos locais associam o movimento emigratório à falta de emprego para os jovens, que sem perspectivas abandonaram a região.

O estudo aponta ainda que os municípios mais prejudicados pelo fechamento da estrada foram Medianeira (no oeste) e Capanema, Planalto e Pérola do Oeste, no Sudoeste.

A estrada aberta, segundo quem defende a reabertura do trecho, serviria como estímulo para preservação da fauna e flora, além de evitar crimes ambientais e permitir maior controle da fronteira. Para as comunidades e ONGs locais, a reabertura da estrada é sinônimo de preservação da cultura, da história, da diversidade biológica e do desenvolvimento da economia local.

Assessoria

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