Agora com 15 mortes, Secretaria Municipal de Saúde anuncia medidas para combater a gripe

Oito mortes aconteceram na Rede Pública, e, sete, no sistema privado. Principal motivo dos óbitos foi a procura tardia por atendimento. Embora o município se apresente com o maior número de mortes no Estado, a cidade não está com risco de epidemia.

A Secretaria Municipal da Saúde está adotando uma série de medidas de sensibilização para prevenir a Influenza entre a população, tendo em vista que dentre as possíveis causas dos 15 óbitos notificados da doença está à procura tardia por atendimento. Além de campanhas de orientação junto à população, a Secretaria já está programando capacitações para o manejo da doença em toda a rede de saúde. 
 
As decisões foram tomadas na quinta-feria, 13, durante uma reunião envolvendo o Secretário Municipal da Saúde, Nilton Bobato, as diretorias de Vigilância Epidemiológica, de Urgência e Emergência e Atenção Básica com representantes do Hospital Municipal Germano Lauck. 
 
O último boletim epidemiológico do município apontou 15 óbitos por H1N1. Deste total, oito aconteceram na Rede Pública, e, sete, no sistema privado.  Embora o município se apresente com o maior número de mortes no Estado, a cidade não está com risco de epidemia. 
 
Os números refletem a eficácia do sistema de notificação de Foz do Iguaçu, que é referência no estado. “Os números aparecem porque o sistema de saúde é sensível, e a eficácia desse instrumento é fundamental para identificarmos com precisão a realidade e traçar as políticas públicas necessárias para o controle da doença”, expressou o Secretário Municipal da Saúde, Nilton Bobato. 
 
De acordo com os dados levantados pela Vigilância Epidemiológica, neste ano, foram realizadas 44 notificações por H1N1. Os 15 pacientes que vieram a óbito receberam atendimento e internação no sistema público e privado de saúde. Deste total, 08 estavam internados no Hospital Municipal Padre Germano Lauck e, 07, no Hospital Ministro Costa Cavalcanti. 
 
Todos os pacientes que vieram a óbito apresentavam comorbidades, ou seja, integravam grupos de risco, com doenças crônicas e pré-existentes. A maioria era idoso e apenas dois deles haviam sido vacinados contra a Influenza. 
 
“Vamos ter um reflexo com esta última campanha de vacinação que conseguiu vacinar mais de 100% da meta estipulada para imunização de idosos”, expressou o Chefe da Vigilância Epidemiológica, Roberto Doldan. 
 
Doldan também explicou que os picos da doença acontecem ao longo dos anos, relembrando 2016 quando o município apresentou 27 mortes por Influenza. 
 
Sensibilização
 
Com base nos levantamentos preliminares que apontam a busca tardia da população por atendimento, o principal foco é fortalecer campanhas de sensibilização e orientação quanto aos cuidados para prevenir a gripe, bem como fortalecer a capacitação de todos os servidores para o encaminhamento correto dos casos. 
 
O tratamento para Influenza torna-se mais eficaz se iniciado dentro das primeiras 48 horas do início dos sintomas. Nos grupos de risco, essa conduta é fundamental, por isso, sensibilizar a população é prioridade para a Secretaria Municipal da Saúde. Do total de óbitos, a maioria recebeu a medicação necessária que está disponível em toda a rede.
Sair da versão mobile