Para o Gaeco delegacia de Guaíra funcionava como hotel para criminosos

O promotor do Gaeco Tiago Lisboa Mendonça, que comandou essas investigações dá mais detalhes sobre esse caso

Uma situação delicada, envolvendo membros da Polícia Civil de Guaíra, chamou a atenção da mídia nacional. Trata-se da “Operação Xadrez”, articulada pelo (Gaeco), Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, que na última semana afastou de suas funções o Delegado e o Superintendente da Policia Civil do município e prendeu outras quatro pessoas, um investigador e três carcereiros.

Durante as investigações, o Gaeco descobriu que havia uma organização criminosa atuando dentro da própria delegacia. E que os envolvidos recebiam dinheiro para facilitar a entrada de drogas e celulares na carceragem, além de oferecer vaga privilegiada para presos, mediante pagamento e acobertamento de suas atividades.

Os presos chegavam a pagar R$ 5.000,00 para trocar de ala e ir para uma cela com melhores condições. De acordo com as investigações até uma banana de dinamite, chegou a entrar na cela com a facilitação dos agentes da carceragem.

Segundo o Gaeco, o Delegado Deoclécio Detros, teria recebido cerca de R$ 50.000.00, para que um preso, ex-policial civil, condenado a 23 anos de prisão por tráfico internacional de drogas, fosse considerado um preso de confiança dentro da delegacia, o qual poderia circular livremente pelo local, sem precisar ficar dentro da cela.

O promotor do Gaeco Tiago Lisboa Mendonça, que comandou essas investigações dá mais detalhes sobre esse caso:

A população de Guaíra está preocupada com a questão de segurança no município. Com as prisões, o efetivo policial que já era pequeno ficou mais reduzido, atualmente apenas 2 investigadores trabalham na delegacia. O delegado de Marechal Cândido Rondon está acumulando as funções, mas pouco aparece na cidade.

Fonte: Rede Costa Oeste de Comunicação

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