Em entrevista para a rádio Cultura nesta quinta-feira, 02, o prefeito Chico Brasileiro anunciou que deve cortar o atendimento aos municípios da 9° regional de saúde caso o estado não faça repasse de recursos ao município. O Hospital Padre Germano Lauck é centro de referência para urgência e emergência para os municípios da região.
Até o fim do ano passado o governo do estado fazia o repasse de 2,5 milhões de reais para Foz do Iguaçu manter os serviços no hospital, no entanto, com a mudança de governo, os recursos foram cortados. Recentemente houve o anúncio de um repasse de 1,6 milhão, o que, segundo o prefeito, é insuficiente.
O prefeito diz que o custo gasto por paciente é 3 vezes maior do que é pago pelo estado. “Isso não vai mais acontecer, nós já explicamos, Foz do Iguaçu vai atender o povo de Foz do Iguaçu, não podemos ficar atendendo regiões que não é da nossa responsabilidade” afirmou.
O prefeito ressalta que atendimento será mantido até o dia 30 de maio, “demos 30 dias para os municípios, onde tiver acidente na região agora, que se busque uma solução, não podemos ficar atendendo a região sem uma contrapartida” concluiu.
Conselho Regional de secretarias discorda
O Conselho Regional de Secretarias Municipais de Saúde (CRESEMS) emitiu uma carta nesta semana negando que os municípios estariam onerando os gastos do Hospital. Segundo Fabio de Melo, presidente do Conselho, foi elencado na carta pontos que informam quais são os atendimentos feitos à região e que, segundo ele, apenas 8,8% são para os municípios.
Os municípios repassam, por meio do Governo Federal, cerca de 3,3 milhões de reais por ano referente ao ambulatório e mais 2,9 milhões de reais para referência hospitalar, informou Melo. “São repassados recursos federais e estaduais, por isso os municípios tem o direito ao atendimento em Foz do Iguaçu” disse ele.
Fabio de Melo ainda não sabe como deve ficar caso o prefeito Chico Brasileiro mantenha a posição de cortar os atendimentos. “O único hospital público da região é o hospital municipal de Foz, então terá que ser feito todo um estudo, até por que não é simplesmente uma decisão do prefeito, tem que passar por uma comissão intergestora, inclusive a nível nacional, por que é um recurso federal, para depois se ver a necessidade de um outro hospital da região que aceite o recurso e que faça o atendimento” disse ele.