Duplicação entre Santa Terezinha de Itaipu e Cascavel saiu do contrato da Ecocataratas, diz MPF

Reportagem da RPC mostrou com exclusividade documentos da Operação Integração que mostram as obras nas estradas paranaenses que as concessionárias foram desobrigadas a fazer. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), que investiga os contratos com as empresas, as mudanças feitas fazem parte de um esquema milionário de pagamento de propina.

Dois mil e quinhentos quilômetros de estradas federais foram entregues em regime de concessão pelo Governo do Paraná para seis empresas privadas em 1997. Os contratos valem até 2021.

Ecocataratas

A Ecocataratas cuida da BR-277, entre Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e Guarapuava, na região central. Pelo contrato original, a concessionária deveria duplicar a estrada entre Santa Terezinha de Itaipu e Cascavel, no oeste; mais um trecho em Guarapuava; além de construir três contornos.

Ao todo, 180 quilômetros de obra. Depois dos aditivos, os contornos desapareceram e ficaram 67,4 quilômetros de duplicação.

A duplicação da BR-277 que passaria Céu Azul, no oeste, saiu do contrato, mas o pedágio da Ecocataratas ficou. Esse é um dos principais caminhos para Foz do Iguaçu. Pelo contrato original, a duplicação seria entregue pela Ecocataratas em 2004 – 13 anos antes do acidente.

Em Matelândia, ainda na BR-277, a duplicação de um trecho de 14,37 quilômetros saiu do papel. A duplicação estava prevista no contrato original. Mas, conforme o MPF, a duplicação acabou sendo retirada do documento em 2005, quando a obra já deveria estar pronta.

Fonte: RPC Curitiba

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