O pedreiro paraguaio que trabalha metade do ano e a outra viaja

Gerardo aos 20 anos resolveu sair de Cidade do Leste e embarcar para a Espanha

O paraguaio Gerardo Franco, nascido em Cidade do Leste, decidiu aos 20 anos de idade embarcar para a Espanha, onde começou a trabalhar como pedreiro. “Um dia acordei e me perguntei o que quero fazer da minha vida e minha resposta interior dizia: Viajar. Então pensei como realizar e cheguei a conclusão de que ao invés de comprar um carro, deveria investir em uma viagem. Digo investir porque foi uma viagem de trabalho inicialmente, para alcançar o objetivo”, disse Gerardo, em uma entrevista ao programa Tribuna, transmitido no Paraguai pela TV HD.

“Naquela época não sabia nem ferver um ovo, mesmo assim fui para Barcelona com a convicção de vencer e a primeira oportunidade que me apareceu foi trabalhar no setor da construção, e aceitei. Já havia tomado o primeiro grande passo: Ir com o desejo de apreender algo para me sustentar e cumprir meu sonho de viajar. Nos meus pensamentos sempre tive a certeza de que em algum momentos as coisas iam melhorar”, contou.

Hoje, com quase 30 mil seguidores no Instagram (@gerard_conmochila), o paraguaio trabalha na construção durante o verão, temporada mais bem paga em Barcelona. Neste período, aproveita para economizar e planejar o próximo destino.

Desta maneira, Gerardo já conheceu 96 países, dos exóticos Botswana, Zimbabwe e Madagascar, até os tradicionais, como Alemanha e Estados Unidos. Também não deixou de visitar alguns países latino-americanos, como México, Cuba, Colômbia e Brasil. Neste momento, o viajante visita o próprio país, divulgando imagens turísticas do Paraguai.

“O primeiro passo é se informar sobre o destino, altas e baixas temporadas, clima, custo, opções de transporte e idioma, para ter um planejamento correto e evitar imprevistos.

O próximo destino do jovem viajante deve ser o Malawi, na África. “Considero que a verdadeira essência das pessoas se encontra no Malawi, talvez por ser uma país subdesenvolvido, ainda não foram corrompidos completamente pelo estilo de vida vendida pela sociedade atual”.

Sair da versão mobile