Nove cubanos do Mais Médicos devem deixar Foz do Iguaçu

Primeiros profissionais do Mais Médicos que chegaram em Foz do Iguaçu., em 2013.

A decisão do governo cubado em deixar o programa Mais Médicos deixou os municípios apreensivos com a possibilidade de perder profissionais que atendem na atenção básica de saúde. Atualmente no Paraná, 458 médicos cubanos trabalham pelo programa do governo federal.

Em Foz do Iguaçu, 26 profissionais, sendo nove cubanos, fazem parte do Programa Saúde da Família. De acordo com Regina Dias, diretora de Atenção Básica do Município, 26 mil iguaçuenses podem ficar sem esse atendimento na cidade.

Os primeiros profissionais do Mais Médicos chegaram a Foz do Iguaçu em outubro de 2013. Na data, 13 médicos foram apresentados a comunidade, sendo seis cubanos, dois brasileiros formados em Cuba, dois argentinos, sendo um de Puerto Iguazú, um espanhol, um indiano, e uma peruana.

A cidade de Ponta Grossa é que mais conta com profissionais do Mais Médicos no Paraná. Dos 80 médicos que atuam no município, 60 são cubanos.

A saída de Cuba do programa Mais Médicos se deve a uma declaração do presidente eleito Jair Bolsonaro, ainda como candidato à presidência. Segundo nota do governo cubano, Bolsonaro fez “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” aos médicos.

O então candidato disse que expulsaria os médicos cubanos do Brasil caso não fossem aprovados no exame de revalidação de diploma de médicos formados no exterior, o Revalida.

Logo após a notícia da saída dos cubanos, Bolsonaro disse que essas vagas serão ofertadas a médicos brasileiros e que o programa não irá acabar. O presidente eleito declarou ainda, que está disposto a dar asilo aos médicos cubanos que queiram continuar no país.

O Ministério da Saúde do Brasil informou na quarta-feira (14) que lançará um edital para convocar médicos que queiram ocupar as vagas a serem deixadas pelos profissionais cubanos.

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