Iguaçuenses voltam com medalha de prata do mundial

Mais que medalhas, uma competição de desporto escolar rende intercâmbio cultural e amizades aos participantes. E foi este o espírito da 11a edição dos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizados de 21 a 28 de julho em São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe.

Os oito pódios alcançados pelos jovens atletas brasileiros ficarão na memória de cada um deles, além do convívio com pessoas das outras oito nações que compartilham o idioma: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e os anfitriões são-tomenses.

A Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) enviou uma delegação de 29 atletas sub-17, divididos em atletismo (3), basquete 3×3 (4), futebol (18) e vôlei de praia (4). O Brasil conquistou medalhas em todas as modalidades que disputou.

BASQUETE 3 X 3
No basquete 3×3, o Brasil ficou com a medalha de prata. Na final, Brendha Leise, Maria Eduarda Maciel, Anna Julia Gonçalves e Lavínia Macedo, estudantes do 1o ano do Ensino Médio em Foz de Iguaçu, comandadas pelo técnico Cláudio Lisboa, perderam para Angola em uma partida muito apertada.
“Devido à dificuldade de se encontrar passagens para vir até São Tomé, só pudemos chegar no dia anterior ao primeiro dia competições. Foi uma viagem muito cansativa, com escalas longas. E logo de cara, elas tiveram que fazer quatro jogos em um dia só. Elas mostraram evolução e se superaram no segundo dia”, explicou Cláudio Lisboa, treinador da equipe.

Na primeira fase, quando todos os países se enfrentaram, o Brasil ficou em terceiro (com derrotas para Angola e Portugal e vitórias sobre Cabo Verde e São Tomé e Príncipe). Na semifinal, as meninas enfrentaram novamente Portugal e, mais descansadas, levaram a melhor.

Além de garantir uma medalha na primeira competição internacional que participam, o quarteto curtiu a experiência de convívio com pessoas tão diversas. “Cada país tem uma cultura diferente. Foi muito interessante conversar com tanta gente de países que não conhecemos e que falam a nossa língua, mesmo que de uma maneira diferente. Todo mundo se entendeu bem”, disse Brendha Leise, 16 anos, que sonha em ser pivô de basquete profissional. “São Tomé e Príncipe tem praias lindas – e nós conhecemos a praia da Lagoa Azul e adoramos. O povo daqui está sempre disposto a ajudar todo mundo e, mesmo com uma realidade mais difícil, estão sempre sorrindo”, acrescentou Brendha.

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