Cai índice de infestação de aedes aegypti em Foz do Iguaçu

O Centro de Controle de Zoonoses de Foz do Iguaçu, CCZ, concluiu nesta semana o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por aedes aegypti – LIRAa, que aponta a incidência do mosquito na cidade e por regiões. O levantamento apresenta uma porcentagem bem menor que a última pesquisa, de maio deste ano. O registro é de 0,7% para toda cidade, quando em maio foi de 2,99%.

O município está abaixo do que é preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 1% de infestação, mas apesar do registro ser menor, o CCZ ainda reforça o alerta sobre a dificuldade que muitos agentes de endemias têm para conseguir entrar nas residências e fiscalizar os imóveis. Por isso, é importante que toda população contribua com este trabalho, permitindo que os agentes façam a vistoria e ajudem nas orientações necessárias sobre cuidados para não proliferar o mosquito.

Os agentes realizam o trabalho de segunda à sexta-feira, geralmente entre os horários das 8h às 14h, e usam uniformes identificados, com roupas verdes claras, boné, botas e bolsa branca, com símbolo do CCZ.

De acordo com o supervisor dos agentes de endemias do CCZ, Orestes Neto, muitos moradores recebem de forma agressiva os agentes de controle de endemias. “É uma rotina estressante e muitas vezes perigosa. A maior dificuldade é a efetividade da população, a vistoria é diferente de um trabalho que tinha antigamente da carrocinha que ia buscar um cachorro quando o dono não queria mais ou como quando prestávamos a atividade de vacina casa a casa. Esse trabalho consiste em verificar água parada e lixo, é um trabalho constante”, explica Orestes.

Segundo o supervisor, em alguns casos, os moradores chegaram a mostrar arma de fogo, intimidando o agente. “São vários relatos, já tivemos situações que o morador mostrou a arma e falou que não queria ter a residência vistoriada e ainda casos em que o munícipe pede para o agente passar mais tarde, pois está muito cedo, o que atrapalha o cronograma de visitação. Talvez naquela casa que o morador não deixou entrar, pode ter foco do mosquito ou criadouros de animais peçonhentos”, revela.
Outro alerta é para que os moradores contribuam mantendo seus quintais limpos, livres de qualquer acúmulo de água, lixo ou entulhos, que possam servir de criadouros para se proliferar outros insetos e animais.

“É importante que o morador receba nossos agentes comunitários de saúde e os agentes de endemias que estarão uniformizados e que estarão preparados para fazer a inspeção no imóvel e no quintal. É função do agente orientar esse morador dos cuidados básicos a serem tomados, mas cada um precisa fazer a sua parte e nós precisamos do apoio de toda população”, enfatizou Jean Rios, responsável pelo programa de Vetores do CCZ.

Doenças

O mosquito Aedes aegypti transmite doenças como a dengue, febre chikungunya, zika vírus e a febre amarela. A transmissão da doença no ato da picada vai depender do tipo do vírus que o mosquito estiver infectado.

Medidas

O Comitê da Dengue formado em uma parceria com vários representantes da Prefeitura Municipal, como a Saúde, Meio Ambiente e Fazenda, está fiscalizando terrenos baldios e espaços abandonados para vistoriar a presença ou não de focos do mosquito ou de outros insetos e animais. Caso haja a incidência de criadouros, o proprietário será notificado e poderá receber multa, dependendo do caso, com valores acima de R$ 1 mil.

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