Oeste adota estratégias para garantir status de “Estado livre de aftosa sem vacinação”

Para ajudar o Paraná a conquistar o status de “Estado livre de aftosa sem vacinação”, O Oeste em Desenvolvimento quer criar e fortalecer os Conselhos de Sanidade Agropecuária (CSA) nos 54 municípios da região. O Governo do Estado já anunciou que a última vacinação ocorrerá em novembro de 2018 e o Oeste representa uma boa fatia do setor.

Projeto-pioloto está sendo lançado em Medianeira. Com o reconhecimento do status, primeiramente, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e depois pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), a expectativa é que as vendas aumentem pelo menos 65% desse mercado.

Segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), de 2014, a região é responsável por 50% dos bovinos, 45% dos suínos e 30% do plantel de aves do Paraná. Na região se produz 25% do leite paranaense. Embora a ausência de vacinação abra mais mercados e valorize o preço dos produtos – um dos principais objetivos das cadeias produtivas da região -, exige um controle sanitário mais rígido para a prevenção da doença.

“E é nesse ponto que os conselhos são fundamentais”, diz o vice-presidente do Programa, Elias Zydek. Ele explica que a maioria dos municípios já possui conselhos, mas precisa ser melhorada a gestão. E naqueles onde não há, será incentivada a criação ou a união nos casos de municípios menores. “Só assim, eles terão força para apoiar o cumprimento das regras sanitárias e contribuir para que o Paraná conquiste o status”, reforça.

Até agora, apenas Santa Catarina recebeu o título internacional. O estado vizinho se tornou o maior produtor de suínos e o segundo maior produtor de aves do País. A carne de frango é o primeiro produto das exportações do estado e representou um faturamento de mais de US$ 1,7 bilhão, em 2016.

Piloto

O modelo proposto pelo Programa Oeste em Desenvolvimento está sendo implantado primeiramente em Matelândia, pois é o único município no Paraná que institucionalizou o CSA por meio de lei municipal, além do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária do Paraná (Conesa). Depois, a ideia é replicá-lo nas demais cidades.

“Acreditamos que ao ser criado por lei municipal o Conselho tem mais força. Mesmo que não seja uma obrigação para todos os municípios do Paraná, vamos estimular as cidades da região a institucionalizem seus conselhos”, explicou Zydek.

Outras ações

Além do fortalecimento dos Conselhos, o Programa está articulando parceiros para criação de novas peças publicitárias de apoio para a conquista “Paraná livre de aftosa sem vacinação”. A ideia da campanha é contar com o apoio da população, mostrando os benefícios da retirada da vacina.

Assessoria

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