Ex-ministro preso na Lava-Jato queria transformar Foz em Área de Interesse Turístico

O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB), dos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, foi preso na manhã desta terça-feira (6) em um desdobramento da operação Lava Jato que investiga suposta corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. A operação da Polícia Federal foi batizada de Manus e investiga um superfaturamento que pode chegar a R$ 77 milhões, no estádio construído para a Copa do Mundo de 2014.

Em junho de 2015, Henrique Alves esteve em Foz do Iguaçu, onde participou do a Reunião de Ministros do Turismo do Mercosul. Na ocasião, o então ministro foi entrevistado pela Rádio Cultura, criticou a proposta de diminuição da cota de compras no exterior para quem entra no Brasil por terra. Na época, discutia-se a diminuição da cota de U$ 300 para U$ 150.

“Queremos ter aqui um centro importante de compras. É era de reexaminar, valorizar cada vez mais como um ponto turístico e comercial. A proposta de redução vem na contramão do que nós queremos. Na verdade queremos ampliar essa proposta”, disse na época.

No discurso da Reunião de Ministros do Turismo, Alves anunciou que pretendia articular com o Congresso Nacional a criação de áreas especiais de interesse turístico no Brasil, com uma legislação diferenciada, tanto tributária e fiscal, quanto ambiental. Segundo o Alves, essa diferenciação traria maior confiança ao investidor. Alves chegou a dizer que a primeira Área de Interesse Turístico seria a região de Foz do Iguaçu.

Reportagem: Dante Quadra

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