Passos longos, curtos, lentos e acelerados: a 3ª Volta Noturna do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu, reuniu no último sábado, 10, mais de 1.400 atletas amadores e profissionais do Brasil, Paraguai e Argentina, nas dependências da usina de Itaipu. Todos unidos pela mesma energia.
A largada foi próxima ao Parque e a chegada no Mirante Central, onde até quem não ficou bem posicionado foi contemplado com a vista da iluminação da barragem da usina de Itaipu, seguida por um show de fogos de artifício. Apesar de o início da corrida estar marcado para as 20h, duas horas antes já havia gente concentrada. Exercícios de alongamento e aquecimento garantiram a animação e a preparação dos participantes.
A Volta Noturna foi organizada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) do PTI. O presidente da Cipa, Yuri Benites, explicou que o principal objetivo do evento é abrir o Parque para a comunidade. “Claro que já temos todos os dias aqui 6 mil pessoas circulando, que já conhecem o PTI, mas para muitas dessas pessoas é o primeiro contato com o Parque e com alguns projetos da usina”, afirmou.
Benites explicou que o percurso foi escolhido – do Parque à Usina – para mostrar até geograficamente como é a organização dentro do PTI. Este ano, segundo ele, 1.480 pessoas foram inscritas – a maior edição até então.
Do começo ao fim do percurso, não faltou diversão: muita música na largada, dois túneis de som no caminho, e a apresentação da banda Bob Kurupí no Mirante Central foram algumas das atrações proporcionadas aos participantes.
Três modalidades foram ofertadas: corrida (8,5 km), caminhada (4 km) e a corrida para pessoa com deficiência (6 km). Todos os participantes receberam kits com viseira, camiseta, pulseira e uma medalha pela participação.
Veteranos a principiantes
As amigas Cleusa Lima, 60, e Maria Esther da Silva, 75, participaram de todas as edições da Volta Noturna. “Achamos maravilhoso. A gente está em exercício constante, porque faz muito bem. E aqui parece que tem uma energia a mais para somar. O povo vem mais feliz”, disse Cleusa. Elas optaram pela modalidade corrida, mas, de acordo com Cleusa,elas possuem uma técnica própria: “A gente vai ‘mistando’: corre e anda”.
Integrantes de uma associação de corredores em Hernandarias, Paraguai. foram para a Volta Noturna em um grupo de oito pessoas. Myrtha Maricei Machain contou que foi a segunda vez que correram no evento. “É bem organizado. O trajeto é lindo, a paisagem também. A gente curte muito, é um turismo para nós”, comentou.
O professor Ramon Oliveira, 50 anos, confessou que não costuma praticar atividades físicas, e que tinha um programa gastronômico marcado para a noite de sábado. “O meu genro insistiu demais”, relatou. Ele participou da caminhada. “Tem que começar devagar, né?”. “Achei muito legal, a organização estimula a gente. Tenho 50 anos, acho que dá pra começar agora e mais pra frente estarei mais legal. Quem sabe até participar da corrida no ano que vem”.
Foi a primeira vez que o casal Osiel de Souza e Silva, 34, e Marianna de Campos Ferreira e Silva, 30, esteve na Volta do PTI. Ele, para participar da corrida, e ela, da caminhada. O motivo pelo qual ela participou da modalidade mais leve estava junto: a pequena Anna Maria, de apenas 10 meses. “Estou voltando agora, pegando o ritmo novamente”, contou Marianna. “E ela vai no carrinho junto. A família toda. A avó está junto também para poder cuidar”, disse.
Vencedores
Os primeiros a ultrapassar a linha de chegada da Volta Noturna foram os participantes da modalidade pessoa com deficiência. Valeriano Silveira Silva foi o ganhador. Ele revelou que corre há quatro anos e esta foi a segunda vez que saiu vencedor do evento.
Na disputa do masculino, Sebastião Cordeiro, 30, terminou em 27 minutos os 8 km da corrida e ficou em primeiro lugar. Ele disse que já ganhou várias corridas, mas ressaltou que uma vitória nunca deixa de ser emocionante. “Toda competição é diferente, não tem essa de ficar chato”, afirmou. Foi a primeira vez que correu na Volta Noturna do PTI, e aprovou o percurso.
No feminino, a ganhadora da corrida foi Nilma Resende, que fez o percurso em 34 minutos. Corredora há oito anos, é bicampeã da Volta. “Aqui é uma corrida superorganizada”, disse.
Todos os participantes do evento receberam medalhas e os ganhadores foram premiados com um troféu, feito na impressora 3D do Parque Tecnológico Itaipu.