Em Foz do Iguaçu, arquitetos e urbanistas definem estratégias para cidades alcançarem as metas mundiais relacionadas ao clima

Com objetivo de definir estratégias para a introdução nos planos diretores das cidades paranaenses de medidas para alcançar as metas do Acordo de Paris, arquitetos e urbanistas da região oeste do estado se reúnem nesta terça-feira (22), em Foz do Iguaçu. O tema será debatido durante a Reunião Plenária Mensal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR), que ocorre em um hotel da cidade.

Um dos motivos para a discussão do assunto é o compromisso assumido pelo Brasil de atingir as metas definidas durante a 21ª Conferência do Clima (COP 21), que aconteceu no final do ano passado, na França. Conhecido como o Acordo de Paris, a ideia desse pacto internacional é limitar o aumento da temperatura média mundial em menos de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.

O presidente do CAU/PR, Jeferson Dantas Navolar, explica que para alcançar os objetivos pretendidos em relação ao clima há pelo menos três instrumentos legais em vigor no país: o Estatuto da Cidade, os planos diretores e o Estatuto da Metrópole. “Temos claro que para atingir às metas do Acordo de Paris, a discussão passa obrigatoriamente pelas cidades, que abrigam cerca de 90% da população brasileira”. Navolar ainda lembra que os arquitetos e urbanistas devem estar atentos para as contribuições derivadas da Terceira Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável – Habitat III, que ocorreu no mês passado, em Quito.

Foz do Iguaçu é a segunda cidade do estado a sediar um evento sobre o clima promovido pelo CAU/PR. Em outubro, o Conselho, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Paraná (IAB-PR) e a Federação Panamericana de Associações de Arquitetos (FPAA) realizaram, em Curitiba, o seminário internacional “HABITAT III + COP 21 e suas inserções na política urbana”. Um dos destaques desse seminário foi a palestra feita pela vice-presidente internacional do Programa de Cidades da ONU, a australiana Elizabeth Ryan.

Homenagem ao arquiteto Nelson Nabih Nastás

O arquiteto e urbanista Nelson Nabih Nastás recebe homenagem póstuma do Núcleo Oeste do IAB-PR e do CAU/PR. O evento ocorre nesta segunda-feira (21), às 20h, no Auditório da Prefeitura de Cascavel (Rua Paraná, 5000).

O presidente do Núcleo Oeste do IAB-PR, Nestor Dalmina, convida todos os arquitetos e urbanistas da região a participarem da cerimônia, que é aberta a comunidade. “O Nelson foi um dos grandes arquitetos e urbanistas de Cascavel. Boa parte das construções da cidade é reflexo da obra dele”, ressalta Dalmina.

Após sofrer um infarto, o arquiteto e urbanista Nelson Nabih Nastás faleceu em agosto, aos 65 anos.

Nascido em Ponta Grossa, Nelson completou seus estudos em São Paulo. Em 1973 foi para Cascavel, onde se associou a dois colegas de profissão para montar uma empresa de arquitetura e desenvolvimento de projetos.

Definido pelos amigos como uma pessoa simpática e atenciosa, o arquiteto e urbanista, possui diversas obras espalhadas pelo Brasil, como Belém, Brasília e em muitas cidades do Paraná.

A Ética nas Relações Comerciais

Também nesta segunda-feira (21) ocorre a palestra “Arquitetura e Urbanismo: A Ética nas Relações Comerciais”, que será ministrada pelo conselheiro do CAU/PR, Ronaldo Duschenes, que é coordenador da Comissão de Ética e Disciplina da autarquia federal.

Gratuito e aberto, o Evento está programado para às 19h30, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI – Rua Padre Montoya, 490 – Centro).

XXV Congresso Panamericano de Arquitetos

Estão abertas as inscrições para o XXV Congresso Panamericano de Arquitetos, que será realizado entre quinta-feira e sábado (dias 24, 25 e 26), em Assunção, no Paraguai.

Com o tema “Resiliencia en la Arquitectura y el Urbanismo: Permanencia y Temporalidad”, o evento é promovido pela Federação Pan-Americana de Arquitetos (FPAA) e pela Associação Paraguaia de Arquitetos, que convidam arquitetos e urbanistas, paisagistas, professores, pesquisadores, acadêmicos e outros profissionais a participarem de uma reflexão quanto ao papel do arquiteto e o resultado de suas ações na composição da estrutura urbana. “Do planejamento territorial à concepção dos espaços públicos, dos grandes edifícios à pequena moradia, necessariamente devem estar presentes o direito à cidade e os conceitos admissíveis de sustentabilidade”, ressalta o presidente da FPAA, João Virmond Suplicy Neto.

Assessoria

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