Sem pagamento, médicos não comparecem para trabalhar no UPA, PA e Samu

Na manhã desta sexta-feira, 05, o médico Amon Mendes Franco de Souza, participou do Contraponto, por telefone, e falou sobre a falta de pagamentos dos médicos da UPA, PA e Samu. Segundo informações de populares, alguns médicos já anunciam paralisação.

O médico explicou que aconteceu uma reunião na terça-feira, dia 2, com a presença da secretaria de saúde de Foz, a procuradora geral do município e médicos. Nesta reunião o debate ficou em torno do protocolo a partir de agora. Segundo ele, ficou definido que os médicos que não tinham contrato válido, assinado até este mês de julho, não poderão receber o pagamento de meses anteriores: março, abril, maio. Aproximadamente 30 médicos estão nesta situação. A prefeitura anunciou que os valores só serão pagos diante de medida judicial. “É muito triste ouvir isso, pois foram horas suadas por estes profissionais. São pessoas que tem família. Para nós, é uma brincadeira de mau gosto”.

Ele afirma que o sindicato já está por dentro da situação e que muitos médicos não compareceram para trabalhar na terça-feira, 02, na UPA, PA e Samu. Nestas unidades, apenas dois médicos ainda estão atendendo. “Com esta situação, é impossível atender a demanda de atendimento nestas unidades”. Ressaltou.

Entre os médicos que não estariam com contrato “irregular”, e que deveriam receber nesta sexta-feira, 05, há informação de que apenas uma médica recebeu o pagamento. Segundo ele, aproximadamente 15 médicos estão parados. Ainda segundo Amon, a própria secretaria municipal de saúde é quem faz a escala dos médicos e, por este motivo, está ciente da situação.

Em resposta, a assessoria de comunicação da prefeitura emitiu uma nota à imprensa.

A prefeitura de Foz do Iguaçu, informa que vem tentando resolver da melhor maneira possível a situação dos profissionais de saúde (médicos) que denunciam da falta de pagamento de salários dos meses de abril e maio e que inclusive ameaçam paralisar as atividades ou abandonar plantões de escalas pré-estabelecidas.

O impasse está no fato de que não existem documentos que comprovem a prestação de serviços ou os pagamentos efetuados no primeiro semestre do ano. Ainda não se sabe se esta falta de documentos foi proposital ou provocada pela ação de outros órgãos públicos, como, Gaeco, polícia federal, MPF e AGU, que investigam irregularidades na administração pública.

Por decisão da prefeita em exercício, a secretaria de saúde vem estudando caso a caso, tentando encontrar uma rápida solução para o problema.

Por outro lado, a secretaria municipal da saúde (smsa) de Foz do Iguaçu informa que está trabalhando para ajustar as escalas dos médicos no pronto atendimento 24h do Morumbi (PA Morumbi) e na upa 24h João Samek.

A dificuldade se deve ao fato de que houve uma redução no quadro de profissionais depois que a equipe da secretária Alice Maria Macedo da Silva verificou que vários médicos prestavam serviço sem credenciamento junto ao município. Até que a situação seja regularizada, as duas unidades de pronto atendimento 24h vão atender, prioritariamente, casos de urgência e emergência. Para problemas menos graves, os pacientes devem procurar a sua unidade de saúde de referência.

 

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