Prefeitura de STI reforça segurança após tumulto com sem-terra


Integrantes do Movimento Sem-Terra continuam acampados nesta terça-feira (29) na propriedade da Fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu. Os ocupantes alegam que a área foi comprada com desvio de verbas no esquema de corrupção da Petrobrás. Os proprietários da fazenda negam a acusação.

Na noite de segunda-feira (28), um fotógrafo da prefeitura de santa Terezinha de Itaipu foi ameaçado em casa por integrantes sem-terra, após ter feito imagens do acampamento. Um tumulto também aconteceu na sede da prefeitura, fazendo com que o prefeito pedisse reforço na segurança do prédio.

Nesta manhã, para entrar na prefeitura foi preciso se identificar. O prefeito Claudio Bernhardt, disse que com a entrega dos carnês do IPTU o movimento na prefeitura aumenta nesta época do ano, o que pode ter facilitado o início de tumulto entre os Sem Terras. A Polícia Militar reforçou o efetivo na cidade e a Polícia Civil ajuda na segurança. “Já foi decretada a reintegração da área e quanto mais demorar a reintegração, mais problemas serão causados à nossa população”, lembrou Bernhardt.

Invasão

Integrantes do Movimento Sem-Terras invadiram a Fazenda Santa Maria na madrugada do último dia 18 de março, alegando que a área pertence aos irmãos Licínio de Oliveira Machado Filho, presidente da Etesco e Sérgio Luiz Cabral de Oliveira Machado, ex-presidente da Transpetro, citados na Operação Lava Jato.

O MST alega ainda, que a fazenda tem 1.750 hectares, onde 500 hectares são de reserva legal e mata ciliar, mais 300 hectares de agricultura e 900 hectares de pastagem para gado de corte. A área também possui uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de 242 hectares, que faz parte do Corredor da Biodiversidade Santa Maria.

Os sem-terra informaram que os integrantes do movimento não estão impedindo a colheita e que não ocupam a área de preservação ambiental.

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