Sindicato diz que fechamento de mercados não foi crise e sim golpe


Após o fechamento das quatro unidades dos Supermercados Max, em Foz do Iguaçu, cerca de 500 funcionários esperam receber uma proposta de negociação dos empresários. Em frente ao prédio no centro da cidade, funcionários montaram campana para proteger equipamentos que ainda estão no local. O presidente do Sindicato dos Comerciários de Foz do Iguaçu, José Carlos Neres, informou que tenta uma negociação garantindo o direito dos trabalhadores.

Na semana passada, o Sindicato entrou com uma Ação Cautelar na Justiça, pedindo que os bens da empresa sejam preservados, afim de garantir o pagamento dos trabalhadores. “O papel dos trabalhadores é de resguardar esse patrimônio. O caminho a ser feito agora é o Ministério do Trabalho, onde os empregados deverão entrar com ações trabalhistas individuais, para receber multa rescisória, férias vencidas, insalubridade e outros direitos”, disse José Carlos.

A partir da tarde desta quarta-feira (20), o Sindicato começa a fazer a rescisão dos contratos e recolher a documentação dos funcionários. “Agora que a coisa está mais esclarecida, com os levantamentos que fizemos, podemos perceber que não se trata de crise econômica que levou ao fechamento dos supermercados, foi um grande golpe”, disse o presidente sindical.

José Carlos informou que a empresa possui 12 CNPJs e os sócios fundadores que montaram o grupo, se retiram desses últimos contratos sociais, embora continuassem dentro da empresa tomando decisões. Um acordo chegou a ser assinado com o advogado que representa a empresa para garantir as rescisões trabalhistas. Mas no final da semana passada a empresa voltou atrás e ninguém mais foi encontrado.

A reportagem tenta contato com representantes dos supermercados Max, mas até o momento não conseguiu uma declaração.

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