“Qual é a base para o impeachment?” Pergunta Gleisi Hoffman

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Na manhã desta segunda-feira (07) a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), também participou por telefone no programa Contraponto da Rádio Cultura. A senadora falou sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e fez uma análise do momento político no Brasil.

Para a senadora, o país vive um momento de crise política e a semana será bastante agitada em Brasília com muito debate e posicionamentos. Gleisi acredita que será muito difícil a Comissão da Câmara dos Deputados aprovar a abertura do processo de impeachment de Dilma. “Não existe um fato concreto de crime envolvendo a presidente da República. Muitos menos um crime de responsabilidade contra o orçamento público. ” Disse.

Gleisi citou as chamadas “pedaladas fiscais” de 2014 que ainda não foram julgadas pelo Congresso. “Existe o parecer do Tribunal de Contas da União que está sob judice, pois, em outras circunstâncias, outros presidentes e governadores fizeram as chamadas pedaladas fiscais. ” Ressaltou.

Para a petista, as denúncias contra Dilma não têm base jurídica e além de prejudicar o cenário política também prejudica o econômico. E para a senadora, este não é o melhor momento para abrir um processo como este.

“Qual é a base para o impeachment? Qual o crime que a presidente cometeu? A baixa popularidade? Se for assim, teremos problemas com grande parte dos governantes do país. No Paraná, por exemplo, o governador Beto Richa tem baixa popularidade e ninguém quer impeachment dele. Por isso chamamos de golpe, querem tirar a Dilma sem se quer apontar um crime para isso. Impeachment está previsto na constituição, mas não pode ser banalizado”.

Gleisi lembrou da época em que o seu partido, o PT, apoiou o impeachment do então presidente Fernando Collor. Ela disse que são momentos diferentes e que na época de Collor haviam provas de crimes políticos envolvendo o presidente. “Este é um momento muito importante para o pais, mas precisamos ter cautela”. Finalizou.

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