Beira Foz “vai contribuir para a segurança de fronteira”, afirma Piolla

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O desenvolvimento de atividades turísticas e econômicas sustentáveis, previstas pelo projeto Beira Foz para as margens dos rios Iguaçu e Paraná, “é a melhor forma de contribuir para a segurança de fronteira”, afirmou o presidente do Fundo Iguaçu e superintendente de Comunicação Social de Itaipu, Gilmar Piolla. Ele participou, nesta sexta-feira (30), de um painel do Seminário Fronteiras do Brasil, promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras.

Para Piolla, espaços que hoje são território para atividades ilegais “devem ser ocupados pelo poder público e iniciativa privada”. Faziam parte do painel, desenvolvido no auditório da Polícia Federal em Foz do Iguaçu,  o deputado federal Sérgio Souza, o diretor de Inteligência da Polícia Federal, José Alberto de Freitas Iegas, e o consultor do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) Fernando Yaluk.

Em andamento

Piolla explicou que o Beira Foz “é um conjunto de intervenções urbanísticas” nas margens dos dois rios e que algumas das ações já estão em desenvolvimento, como é o caso do Marco das 3 Fronteiras e do Espaço das Américas, onde a empresa Cataratas do Iguaçu S.A. desenvolve projetos de revitalização, num investimento que chegará a R$ 60 milhões. E, também, a revitalização da Ponte da Amizade, em fase adiantada de execução.

Além dos projetos e ações previstas no Beira Foz, Piolla anunciou que está em estudos a criação de um trajeto de integração pelas águas dos atrativos turísticos da cidade. Haverá passeios de barco no Rio Iguaçu, entre o Parque Nacional e o Marco das 3 Fronteiras, e outro ainda ligando o parque à usina de Itaipu. Os passeios turísticos, afirmou, vão ocupar espaços hoje utilizados por contraventores.

Elogio à Itaipu

O trabalho de Foz do Iguaçu na gestão de Jorge Samek e de Piolla foi elogiado por José Alberto Iegas. O diretor de Inteligência da PF disse que a usina é “a locomotiva da região” e conseguiu estabelecer parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, “fundamentais para ampliar as oportunidades à população”. Ele também defendeu que as regiões de fronteira tenham tratamento diferenciado, como poderá acontecer quando forem criadas as zonas especiais de interesse turístico.

Piolla lembrou que os ministros de Turismo do Mercosul já declararam a tríplice fronteira como área de interesse turístico, mas que agora cabe a cada país criar a legislação própria para seus municípios. Ele disse que o Fundo Iguaçu desenvolve com o Ministério do Turismo e a Embratur o projeto de lei para que Foz do Iguaçu seja declarada a primeira Zona de Interesse Turístico do Brasil.

Legislação

O deputado federal Sérgio Souza disse que a saúde pública de Foz do Iguaçu atende também paraguaios, sem a contrapartida de recursos suficientes do SUS. Piolla disse que “essa é uma das grandes injustiças que o Brasil faz com Foz, já que a cidade se obriga a gastar com o atendimento básico, sem poder investir em procedimentos de saúde de média e alta complexidades, que são os que têm maior retorno do SUS.

Iegas sugeriu que, ao elaborar o projeto de lei de zonas especiais de interesse turístico, sejam previstas questões como saúde e educação. E disse que “Foz do Iguaçu tem que ser o início para modificar os cenários de fronteira no Brasil”.

Projetos

Piolla disse acreditar no potencial de Foz e que, se houver apoio, não será difícil atrair investidores. O Fundo Iguaçu pretende concluir vários projetos até o final do ano, para que sejam incluídos no orçamento da União. É o caso da duplicação da BR-469, do viaduto na Avenida Costa e Silva e da nova pista de pouso e decolagem do aeroporto, entre outros.

Ele explicou que o Fundo Iguaçu passou a desenvolver projetos ao perceber uma lacuna: os órgãos de planejamento do governo (federal, estadual e municipal) “têm dificuldade para conceber projetos”. “Passamos a correr atrás de tudo que queríamos para nossa cidade”, completou.

 

 

 
 
 

 

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