Caminhada mobiliza comunidade contra a exploração infatojuvenil

Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes – 18 de maio – aconteceu uma caminhada pelo centro de Foz do Iguaçu na manhã de segunda-feira, 18. O objetivo da marcha foi conscientizar a população sobre a realidade de abuso e exploração sofrida por meninos e meninas na tríplice fronteira.

Os participantes percorreram a Avenida Brasil, no Centro de Foz, do 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado até a Praça do Mitre, onde houve apresentações culturais e distribuição de panfletos e pronunciamentos dos representantes do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGD).

As ações de combate vêm dando resultado. Em Foz, segundo a delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), Mônica Ferraciolli, nos primeiros quatro meses de 2015 foram instaurados 150 inquéritos para investigar casos de abusos, exploração sexual, maus tratos, agressões e estupros. Durante todo o ano de 2014, foram 180. “Esse aumento não está diretamente ligado ao crescimento da violência, e sim à informação”, explicou.

Maria Emília Medeiros de Souza, da equipe do Programa de Proteção à Criança e Adolescente (PPCA), da Itaipu, disse que durante todo o mês de maio haverá atividades, mas a passeata é o símbolo maior da união das entidades em defesa dos direitos da infância. “A exploração sexual de meninos e meninas é uma das mais perversas formas de violação dos Direitos Humanos. Nós estamos atentos para combater este crime em Foz do Iguaçu”, disse.

A coordenadora da Rede Proteger, Edinalva Severo, disse que o principal desejo é que “cada cidadão exerça seu papel [de denunciar a violência]”. Segundo ela, o papel da comunidade é denunciar; a família é responsável pela proteção e os órgãos públicos devem oferecer atendimento adequado. “Se cada um fizer a sua parte, vamos combater esse problema. Temos que deixar bem claro aos agressores que abusar ou explorar uma criança é crime”, completou.

As denúncias devem ser feitas pelo Disque 100 ou por meio do Nucria, pelo telefone (45) 3524-8565.

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