MPF/Paraná consegue condenação de organização criminosa desmantelada pela Operação Sustenido

Por Justiça Federal

A Justiça Federal no Paraná, em sentença proferida no dia 13 de abril, condenou 22 pessoas pela prática de crimes financeiros e organização criminosa. Na sentença, a Justiça entendeu como procedentes fatos denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), em junho de 2014, sobre esquema criminoso que foi desmantelado através da Operação Sustenido. A operação foi deflagrada pela Polícia Federal com o apoio da Receita Federal em maio de 2014.

Após 9 meses de investigação e a deflagração da operação, o MPF ofereceu denúncia à Justiça contra os responsáveis pela organização criminosa que atuava na região de Foz do Iguaçu desde 2010. O esquema consistia na utilização de empresas fantasmas e de fachada para lavagem de dinheiro e remessas ilegais de dinheiro para o Paraguai. Os valores movimentados pelos criminosos chegam a mais de 300 milhões de reais.

Os responsáveis pelo esquema criminoso foram condenados pelos crimes de operação indevida de instituição financeira, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, quadrilha e organização criminosa. As penas aplicadas aos condenados variam de 1 a 24 anos de prisão, além de multa e perda de bens.

O delegado, Ricardo Cubas, falou sobre um exemplo de ação da quadrilha. Segundo ele, um comércio de Foz vendia produtos alimentícios para o Paraguai, porém não era uma empresa transportadora, pois se fizesse na forma legal teria que comprovar a entrada do dinheiro, fazer a operação de câmbio, seguindo o sistema oficial, então a empresa fornecia o transporte de maneira clandestina.

Ouça o áudio do Delegado Ricardo Cubas explicando o esquema:

A investigação durou nove meses. A quadrilha movimentou, nos últimos três anos, cerca de R$ 300 milhões. “O grande diferencial desta operação, é que no dia a dia, acompanhamos as mercadorias que circulam na fronteira, e nessa operação fizemos o acompanhamento do dinheiro, onde foi possível concluir todo o esquema”. Disse o delegado. Ele ressaltou que tanto as empresas, como pessoas físicas, serão investigadas.

“Muitas empresas já estavam desativadas, usadas temporariamente, e outras ainda funcionam e terão seus bens retidos e fiscalizados.” Finalizou.

A Polícia Federal não divulgou os nomes dos detidos e empresas envolvidas.

 

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