Apesar do alerta, Foz não está em estado de epidemia da dengue

Apesar do aumento no número de casos de dengue, Foz do Iguaçu não decreta situação de epidemia. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde.

Em uma reunião realizada na manhã desta sexta-feira (10), na Guarda Municipal de Foz do Iguaçu, com representantes das secretarias municipais de Turismo, Educação, Meio Ambiente, Obras, Saúde, Vigilância Epidemiológica, Defesa Civil e Centro de Controle de Zoonoses – CCZ foram discutidas todas as ações de enfrentamento à dengue, com base nos últimos registros, do início de janeiro de 2015 até agora.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Charlles Bortolo, o Município se preocupou em capacitar todas as pessoas que fazem parte da saúde em Foz do Iguaçu, como médicos, enfermeiros, agentes, pessoas que trabalham na Atenção Básica, na Especializada, no Hospital Municipal, como ainda no Samu e Siate.

Durante a reunião ficou definido que qualquer pessoa que tenha suspeita de dengue e que apresentem os principais sintomas como febre, dor no corpo, seguida ou não de vômitos, deve procurar imediatamente uma unidade básica de saúde para realizar os exames e confirmar se é dengue ou não.

O paciente receberá uma carteirinha onde terão todas as informações pessoais e do atendimento realizado. Quando houver necessidade de uma nova consulta, a carteirinha vai ajudar no controle sobre os casos de dengue registrados e notificados em cada região da cidade. A unidade encaminha para o hospital municipal quando representar um caso mais grave.

Para o coordenador do Comitê da Dengue, André de Souza Leandro, apesar de o Município ter entrado em um período considerado como crítico, ainda não são números que se caracterizam uma epidemia e, por isso, a população deve se manter tranquila, se mobilizando para manter as casas limpas e quintais sem lixo e entulhos.

“Precisamos entender que as ações continuam, as atividades permanecem intensificadas e os agentes comunitários de saúde e de endemias estão vistoriando os imóveis, orientando o morador em evitar acúmulo de água em casa. Mas é preciso que cada um faça a sua parte, pois o que resolve o problema da dengue é a atitude individual”, enfatizou o coordenador.

Segundo ele, 80% dos criadouros do mosquito da dengue estão em vasinhos de plantas e em lixo doméstico, “o que é fácil de eliminar”, ressaltou. Desde 2013, com a formação do Comitê da Dengue, que a prefeitura vem tomando medidas de enfrentamento em conjunto com todas as secretarias e, dependendo da situação, cada secretaria faz sua parte.

Secretarias

Educação já tem inserido no calendário das escolas municipais, atividades que trabalhem com a dengue, de forma a ensinar e orientar os alunos, na prática, como prevenir a doença. A secretaria municipal da Educação acredita que cada aluno é um agente multiplicador e que, aprendendo na escola os cuidados básicos para evitar a dengue, ele repasse em casa para os pais e vizinhos.

A secretaria municipal da Fazenda aplicou cerca de 800 multas, de dezembro de 2014 até agora, em razão de muitos moradores não terem cuidado dos quintais e terrenos baldios, permitindo o aparecimento de focos do mosquito. Os agentes, no ato da vistoria, quando identificam a presença de criadouros mais de uma vez na mesma residência, comunicam o CCZ, que repassa a notificação à Fazenda, para aplicar o ato de infração. As multas têm chegado à R$ 1.500,00.

A Vigilância Epidemiológica informou que acompanha todos os casos de dengue confirmados no Município, para avaliar o quadro da doença em Foz. De janeiro desde ano até agora, foram registrados 287 casos de dengue confirmados, sendo 1.467 notificados, o que significa que pouco mais deste número procurou atendimento nas unidades básicas.

Em 2006 e 2007 foram registrados mais três mil casos de dengue em Foz do Iguaçu, o que na época, houve situação de epidemia na cidade, assim como em 2010, último ano considerado mais crítico com registros da doença.

 

Com PMFI

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