Indonésia adia execuções, incluindo a de iguaçuense

Previsto para acontecer nas próximas semanas, o governo da Indonésia decidiu adiar a execução de 11 presos que estão no corredor da morte, incluindo o iguaçuense Rodrigo Gularte, de 42 anos. O motivo, segundo informou o jornal “Jakarta Post”, seria a realização do Congresso Ásia-África, marcado para os dias 18 a 24 deste mês.

O governo teria tomado a decisão por preferir não executar os réus durante a presença de chefes de estado dos dois continentes. Durante o Congresso Ásia-África, também acontece a celebração do 60ª aniversário da Conferência de Bandung.

O brasileiro Rodrigo Gularte foi preso em 2004 ao tentar entrar no país com cocaína escondida em pranchas de surfe. Ele foi julgado e condenado em 2005 e desde então espera no corredor da morte. O país já possuía a lei de execução por fuzilamento para o crime de tráfico de drogas, no entanto não era praticada. As execuções voltaram a ser realizadas com a posse do presidente Joko Widodo, eleito em 2014.

O governo brasileiro pediu clemência pela vida do brasileiro, que foi negada pelo presidente Widodo. A família de Rodrigo Goularte, com a ajuda da embaixada brasileira, conseguiu comprovar através de laudos médicos que Rodrigo passou a sofrer de esquizofrenia durante os 10 anos na cadeia. O laudo está sendo usado como esperança para que a sentença de morte seja revogada.

Outro caso

Em janeiro deste ano a Indonésia executou o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, também pelo crime de tráfico de drogas. Marco era carioca e foi preso em 2003 depois de ser flagrado no aeroporto de Jacarta com 13,4kg escondidos em uma asa delta. Ele foi condenado à morte em 2004 e teve pedido de clemência negado.

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