Presidente da Conmebol revela mudanças na Libertadores

Libertadores, Copa América, Fifa, Copa do Mundo e muito mais. Não há como fugir destes temas quando o entrevistado da noite é o presidente da Conmebol. O paraguaio Juan Angel Napout concedeu uma entrevista exclusiva para o programa Estúdio Gaúcha, da Rádio Gaúcha. Ele assumiu a presidência da entidade em neste ano, substituindo o experiente Nicolás Leoz, e seu mandato irá até 2019.

Juan Angel Napout, presidente da Conmebol e vice-presidente da Fifa, é um dirigente paraguaio que há muito tempo trabalha no futebol do país. Teve atuação no clube Cerro Porteño e, a partir daí, ganhou espaço e aproximou-se de Nicolás Leoz. A Conmbeol é formada por dez países, sendo que nove tem o espanhol como sua principal língua, e assim elegeram Juan Naput.

E curiosamente o português é uma língua que faz parte da vida de Napout. “Na verdade muitos me dizem que eu falo a língua de vocês muito bem. Faz muitos anos que minha família viaja nas férias a Santa Catarina. Além disso, meu pai também morou em São Paulo. Aprendi a falar o português. Sou muito amigo do pessoal do Inter, mas também do Grêmio”, brincou.

Confira os principais trechos da entrevista:

Copa Libertadores

Sobre o principal produto da Conmebol, o mandatário analisou a edição de 2015 e revelou mudanças para os próximos anos. “Estou contente com esta Libertadores e os times do Brasil. Estão fazendo uma boa campanha. O Atlético começou mal, mas acredito na sua classificação. Acho que essa Libertadores vai ser memorável. Muitos times fortes que vão brigar de forma bonita pelo título. É importante dizer que vamos melhorar a Libertadores. Vamos categorizar os estádios, não só melhorar o campo de jogo; ter mais segurança nos locais; e vamos formular o ranking da Libertadores”, projetou Napout.

“A segurança é algo que preocupa a todos. No futebol há duas coisas bem complicadas: violência e racismo. Estive em várias partidas que houve problemas. Estamos promovendo cursos de segurança em cada país para que os clubes entendam como prevenir isso. A organização também passa pelos clubes. No futuro, a meta é chegar a uma Champions League, em que o evento seja responsável pela segurança.

O presidente da Conmebol explicou a ideia do ranking, que serviria como requisito para formações de torneios organizados pela entidade. “A ideia do ranking é ter a qualificação histórica dos clubes para influenciar nos sorteios da Libertadores. É um objetivo nosso que queremos implantar”, explicou e emendou sobre a premiação da Libertadores: “A premiação da Libertadores está aumentando bastante desde 2007. Hoje em dia não têm os mesmos números que há no Brasil, mas temos consciência disso. Vai melhorar”.

Clubes dos EUA na Libertadores?

“Nós temos uma aproximação muito grande com o pessoal da Concacaf. Com relação aos Estados Unidos, tem o problema das viagens e o deslocamento muito grande entre os países. Os americanos também estão vendo a Libertadores como uma taça importante e de vitrine, mas esta logística é um problema. Teríamos que pensar bem para armar um formato correto. É óbvio que é um projeto exitoso, mas deve ser muito bem analisado.

Eleições da Fifa

“A Conmebol se preocupa em manter seus lugares na Copa do Mundo. Temos cinco vagas. Somos a única federação que os cinco passaram às oitavas em 2010. Em 2014, só o Equador não passou. O histórico da Conmebol é muito forte. Queremos manter isso e vamos conversar com o Joseph Blatter e outros integrantes da Fifa. Nosso foco é esse. A eleição da entidade é consequência. Não quero pensar em qualquer tipo de corrupção. “Quero olhar no futuro uma luz de esperança e que as coisas irão melhorar. Quero acreditar nisso”.

Copa do Mundo de 2030

“O centenário da Copa do Mundo é um evento muito importante. Eu acho que em 2030 a América do Sul deveria trazer a edição para a Argentina e Uruguai. A decisão será tomada nove anos antes, ou seja, daqui a seis anos. Temos que começar a trabalhar isso com os governos para chegar a este objetivo e virarmos candidatos.

Copa América de 2019

“A Copa América de 2019, no Brasil, já está sendo pensada. Historicamente Porto Alegre já tem uma experiência de receber a Copa do Mundo. Por isso tem todas as condições de sediar jogos da competição.

Fonte: Rádio Gaúcha

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