Gleisi Hoffman fala sobre manifestações e Petrobras

A Senadora Gleisi Hoffman participou, por telefone, na manhã desta segunda-feira, 16, do programa Contraponto a Voz do Povo. A senadora falou sobre os protestos que acontecem em todo o país, também sobre o caso da Petrobras, CPI do HSBC e do projeto de Lei que protege a mulher no Brasil.

Sobre as manifestações, Gleisi ressaltou é preciso reconhecer a grandiosidade das manifestações. A senadora lembrou que no domingo, 15, fez 30 anos em que o Brasil iniciou o período democrático, e lembrou que a presidente Dilma foi uma das pessoas que lutou por esta democracia, “e no fim acabou sendo critica também”. Segundo Gleisi, o governo tem que ter humildade neste momento, e obter diálogo com a população. “Não se pode ignorar este momento”, disse.

Gleisi também fez observações sobre a oposição neste momento de protestos no país. Segundo a senadora, a oposição também precisa se organizar e manter o equilíbrio político. “Acredito que a manifestação foi espontânea, mas também percebo alguns políticos querendo “surfar” nesse ato, mas precisamos saber separar o que é importante para a mudança, e saber que isso não é da oposição e eles não ganharão no “tapetão””, reforçou.

Em Foz o manifesto aconteceu no centro da cidade durante a manhã de domingo, 15, e reuniu cerca de mil pessoas. O protesto teve vários focos: corrupção política, intervenção militar, Petrobrás, impeachment da presidente Dilma, entre outros. “Vivemos em um país democrático, e o povo foi às ruas contra e a favor à presidente Dilma, mas principalmente exigindo dos governos outra maneira de se fazer política”, Finalizou.

Economia:

Em relação à economia brasileira, a Senadora ressaltou que, atualmente, a crise política é maior do que econômica. Segundo ela, há sim problemas econômicos, uma inflação que pode crescer mais do que esperado, mas “não chega perto da crise que tivemos na década de 80 e 90, com a economia desacelerada, sem aumento de renda entre outros problemas. Acho que a Presidente esta tomando as medidas necessárias para refazer a economia do país. Este ano não será simples, mas será de medidas para retomar a política do país”, finalizou Gleisi.

Petrobrás

A Senadora teve seu nome citado na investigação da Operação Lava Jato. Segundo a acusação, Gleisi teria recebido R$ 1 milhão, desviados da Petrobrás, para sua campanha ao senado em 2010. Gleisi disse estar tranqüila sobre a acusação, e que esperava a conclusão da investigação para provar sua inocência. “É uma situação que me deixa triste, e vou enfrentá-la. Até vejo como uma oportunidade de limpar a sujeira que temos no país”, ressaltou.

Sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga possíveis empréstimos financeiros para arcar com campanhas eleitorais, a Senador Gleisi ressaltou que é necessária a investigação para ver onde esta a “roubalheira”. “Sou contra a doação de empresas para campanha, até apoiei um requerimento do senador Roberto Requião (PMDB) que prevê a proibição desta ajuda financeira. Sou contra este gasto absurdo para uma campanha eleitoral,” Reforçou.

Gleisi adianta que, em Março de 2015, a presidente Dilma deve enviar um conjunto de medidas para se investigar todos os problemas que envolvem corrupção política. As medidas devem ser encaminhadas ao Congresso para a aprovação.

“A presidente esta sim pagando um preço alto, mesmo sem dever, mas acredito que seja sua missão”, finalizou.

Lei do Feminicídio

A presidente Dilma Rousseff sancionou, nesta segunda-feira, a lei do feminicídio, tornando crime hediondo o assassinato de mulheres decorrente de violência doméstica ou outras questões de gênero.

Gleisi lembra que a Lei Complementa a “Lei Maria da Penha” publicada em 2006 e que trata da violência doméstica. “É um grande avanço, mas obviamente mudar a lei a não adianta, tem que mudar a cultura”, disse, relembrando a época em que atuava na Itaipu Binacional e trabalhou na criação da Casa Abrigo e a Delegacia da Mulher em Foz.

Entrevista completa:

 

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