Estudo mostra o impacto econômico do contrabando na fronteira

 

 

Na manhã desta terça-feira (03), na sede da Receita Federal em Foz do Iguaçu, representantes do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras apresentaram a imprensa os efeitos do contrabando na economia. Este estudo foi desenvolvido em parceria com a Empresa Gaúcha de Opinião Pública e Estatística (Egope).

 

O documento teve como objetivo analisar os principais impactos do contrabando para a sociedade brasileira, tendo como foco os dez produtos mais contrabandeados do Paraguai para o Brasil.

São eles:

Brinquedos – 1,89%

Bebidas – 0,35%

Vestuário – 3,03%

Relógios – 2,03%

Perfumes – 2,45%

Óculos – 1,50%

Medicamentos – 0,85%

Informática – 5,04%

Eletrônicos – 15,42%

Cigarros – 67,44%

Uma das principais descobertas do estudo diz respeito à lucratividade dos criminosos, no caso de cigarros, produto mais contrabandeado do Paraguai para o Brasil, ele varia de 179% a 231%. O contrabando de cigarros equivale a R$ 6,4 bilhões em perdas da indústria e evasão fiscal, de acordo com o levantamento.

O estudo revela também que o custo do contrabando varia de 19% a 22% do valor das cargas. De acordo com o Idesf, apenas 5% e 10% das mercadorias de contrabando que entram no país são apreendidas.

Ricardo Cubas César, delegado da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, destacou o Núcleo Especial de Polícia Marítima (NEPOM). Com embarcações e equipamentos apropriados, o Núcleo concentra ações no Lago de Itaipu e ao longo do Rio Paraná, considerado porta de entrada do contrabando na Fronteira. “Vimos à necessidade de criar este grupo especializado em Foz do Iguaçu e observamos que a maior parte das apreensões é o contrabando de cigarro.

O objetivo desse grupo de policiais é realizar grandes operações de inteligência a fim de levantar essas quadrilhas que praticam esse tipo de crime”, disse o delegado.

Durante a coletiva, foram apresentadas medidas necessárias para o combate ao contrabando.

Criar uma agenda positiva com o Brasil e Paraguai construindo um diálogo e fortalecendo as bases de acordo do Mercosul, afim de proteger a industria formal e qualificar a industria Paraguaia, aplicando sistemas de controle de qualidade e legalizando suas exportações com as mesmas garantias e normais de qualidade que são aplicadas em outros países.

Rever o modelo tributário do Brasil para dar maiores condições de competitividade para a indústria Brasileira.

Reforçar a segurança nas fronteiras com inteligência, tenacidade, vontade política e administrativa.

O delegado Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) Fábio Amaro, esteve presente no evento representando o Secretário da Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini,e salientou o interesse do departamento de inteligência e da secretaria de segurança pública na criação de um escritório de inteligência do estado em Foz do Iguaçu. Fabio disse ainda que estão  sendo realizadas busca de imóveis e parcerias, para a concretização do Projeto.

Além do lançamento do estudo do Idesf, outras atividades estão sendo realizadas para marcar a data e chamar a atenção da sociedade para a gravidade do avanço do contrabando no Brasil.

Por AMN

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