25 mil pessoas passaram pela Virada Cultural em Foz

Evento reuniu jovens, adultos e famílias inteiras de todas as regiões da cidade; show eletrizante da banda Ira! encerrou atividades no domingo

Vinte e cinco mil pessoas acompanharam as atrações da Virada Cultural, em Foz do Iguaçu, no fim de semana (sábado e domingo), na Praça da Bíblia. O evento reuniu jovens, adultos e famílias inteiras de todas as regiões da cidade, de várias classes sociais, e variados gêneros culturais.

Além dos shows nos dois palcos principais, o complexo recebeu diversas atividades na Praça da Bíblia, Centro de Convivência do Idoso e Teatro Barracão. Nos dois dias de evento, as atrações misturaram apresentações nacionais e regionais, exposição de artes, lançamento de livro e muita animação do público. O show eletrizante da banda Ira! encerrou a agenda do domingo, levando o público à euforia, com repertório variado entre clássicos e novas composições.

Programação intensa – Ao longo do dia, apresentaram-se ainda no Palco Conexões a banda Venialgo e o DJ Cabes MC. Já no Palco 2 (Coreto), tocaram as bandas e grupos Eloquentes, Acionários MDL, Fernando Verso de Honra Tambores Japoneses (Grupo Todoroki Daiko), Pirofagia e Malabares – Troupe Luz da Lua e o Maracatu Alvorada Nova.

“A Virada Cultural foi um sucesso de público, diversidade de atrações, organização e segurança. O espaço integrado [Praça da Bíblia, Teatro Barracão e Centro de Convivência do Idoso] conseguiu congregar todas as atividades de maneira plena e garantir tranquilidade e segurança para o público”, disse Adailton Avelino, presidente da Fundação Cultural de Foz.

Oportunidade cultural – A Virada Cultural em Foz do Iguaçu oportunizou a integração de vários públicos e a apresentação de produtos e serviços do gênero para a comunidade. O empresário Amadeus Mariano, proprietário do Sebo Amadeus, um dos mais tradicionais da cidade, destacou a diversidade do evento.

“É bem interessante esta diversidade de cultura num evento dessa natureza porque dissemina os vários níveis de informação e de conhecimento que uma pessoa pode absorver”, disse madeus. E completou: “Então, nossa presença num evento dessa natureza é importante porque você apresenta o livro, e o livro e música casam bem.”

Divulgação espontânea – Para Valdete Francisco, responsável pelo estande da Coart (Cooperativa dos Artesãos de Foz do Iguaçu), o evento ajudou muito a divulgar o seu trabalho para os moradores de Foz e os turistas.

“Além de ajudar a divulgar nosso trabalho para um público variado, conseguimos apresentar nossa cultura, porque artesanato também é cultura”, destacou. Segundo Valdete, os produtos (boneca de pano, peso de porta, produtos de argila, cerâmica) despertaram interesse do público que passou pelo Centro de Convivência do Idoso. “Não temos o que nos queixar, pois vendemos superbem, as pessoas se interessam pelos produtos, querem conhecer e acabam comprando”, ressaltou.

Sucesso comercial – Willian Pillatti, da Top Rock, considerou a Virada Cultural um sucesso comercial e cultural, agregando vários públicos, estilos e gêneros de pessoas de todas as regiões da cidade em um mesmo local. No estande, o rapaz vendeu produtos decorativos, especialmente para o público jovem, tais como cadernos personalizados, relógios de parede, quadros, filtro de sonho, camisetas, entre outros adereços.

Disse ele sobre o evento: “Isso é uma coisa que deveria ocorrer, pelo menos, umas três vezes por ano, porque é excelente. Olha, tem música, tem arte, tem dança. Isso desperta uma espécie de consciência cultural, além de oferecer espaço comercial apropriado para nós”.

Churrasquinho do Gordo

Da mesma maneira considera o comerciante Cidevaldo, conhecido como “Gordo”. Ele vende espetinhos de churrasco na Praça da Bíblia há mais de dez anos. Disse que a Virada Cultural quintuplicou as vendas.

“Em média, vendo por volta de 500 espetinhos por dia. Com o evento, multipliquei este número para 2,5 mil ao dia. Esses eventos poderiam acontecer mais vezes porque ajudaria muito os comerciantes das barracas aqui na praça [da Bíblia]”, salientou.

Cada espetinho é comercializado a R$ 3, e o valor é mantido durante os eventos. “Não posso aumentar o valor apenas porque é um evento. Nós mantemos o preço, independente da data ou do evento, porque é um respeito ao consumidor.”

“Gordo” destacou ainda que os comerciantes das barracas não precisaram pagar nenhum valor extra para a Prefeitura de Foz para comercializar os produtos durante o evento. “Nós temos o alvará certo, e não nos cobraram nada à parte. O pessoal da Prefeitura e da Fundação Cultural estão de parabéns pela iniciativa.”

Gêneros – Zaeli Lopes Ferreira compareceu à Virada Cultural apenas no domingo. Contudo, disse que apoia o evento e a importância da integração cultural num amplo local como a Praça da Bíblia. Com uma tenda esticada no chão, Ferreira vendeu várias peças de artesanato feitas de arame de alumínio.

Os produtos chamaram atenção do público pela diversidade, sutileza de detalhes e por tratarem de ícones culturais, como réplicas de instrumentos de música ou miniaviões. “É a primeira vez que venho à Praça da Bíblia para comercializar meus produtos e estou achando ótimo, pois há um movimento bem interessante de pessoas de todos os gêneros, e isso agrega muito valor para a cidade e para a cultura!”, destacou.

Identidade cultural – Assim pensa a advogada Elisangela Lazzareti. Acompanhada da mãe, Elizabeti, do irmão Eduardo e dos filhos, destacou a importância do evento para ampliar as fontes de cultura e sedimentar a própria identidade de diversidade de Foz do Iguaçu. “Acho tudo isso excelente e muito propício para integrar todas as culturas e públicos, mostrando respeito à diversidade e a boa convivência das pessoas. Foz deveria realizar mais eventos do gênero”, salientou.

Mosaico cultural

A variedade de atrações atraiu um verdadeiro mosaico cultural e uma diversidade de público. Várias tribos, estilos e segmentos compareceram ao espaço de atividades. Para a diretora da Fundação Cultural, Arinha Rocha, as opiniões do público representam o conceito e a proposta do evento. “A população entendeu muito bem a ideia da Virada Cultural, que envolve diversidade, pluralidade cultural e de pensamentos, em um espaço integrado, oferecendo shows, apresentações, exposições e abundância de entretenimento cultural para as pessoas”, disse.

Realização

A realização da Virada Cultural Paraná 2014 é uma parceria da Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Paraná e Departamento de Trânsito do Estado (Detran), com o apoio do Sesi-PR, Sesc-PR e prefeituras. Em Foz do Iguaçu, a Fundação Cultural coordena as ações e a programação do evento.

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