Hoje na História: há 32 anos Itaipu abria as comportas do vertedouro pela primeira vez

Há exatos 32 anos, no dia 5 de novembro de 1982, com o reservatório já formado, as comportas do vertedouro da Itaipu foram abertas pela primeira vez, acionadas pelos presidentes do Brasil, João Figueiredo, e do Paraguai, Alfredo Stroessner. O ato, na época, foi considerado a “inauguração da maior hidrelétrica do mundo”, após mais de 50 mil horas de trabalho. Nesta quarta-feira (5), o site do canal History Channel lembrou do evento, na seção “Hoje na História”, dedicada a relatar fatos importantes a cada dia do ano.

Considerada um dos maiores desafios de engenharia do planeta, a usina binacional de Itaipu abriu oficialmente suas comportas no dia 5 de novembro de 1982. Com o reservatório já formado, os presidentes do Brasil, João Figueiredo, e do Paraguai, Alfredo Stroessner, acionam o mecanismo que levantou automaticamente as 14 comportas do vertedouro, liberando a água represada do Rio Paraná e, assim, inauguram oficialmente a maior hidrelétrica do mundo, após mais de 50 mil horas de trabalho.

O nome Itaipu, que significa “a pedra que canta” na língua guarani, faz referência à pequena ilha que havia ali, antes da usina. As obras da barragem chegaram ao fim em outubro daquele ano, mas os trabalhos não pararam. O fechamento das comportas do canal de desvio, para a formação do reservatório da usina, deram início à operação Mymba Kuera (que em tupi-guarani quer dizer “pega-bicho”), que teve o objetivo de salvar os animais que seriam afetados pela área a ser inundada pelo lago.

Por conta das fortes chuvas e enchentes da época, as correntezas do Rio Paraná levaram 14 dias para encher o reservatório. Fora isso, milhares de pessoas receberam indenização e tiveram que deixar suas casas. Moradores de Guaíra –cidade que perdeu parte do seu território – realizaram protestos, e artistas prestaram homenagem aos saltos que foram encobertos pelo reservatório. Ansiosos por se despedir das Sete Quedas, 32 turistas morreram em janeiro de 1982 com o rompimento de uma passarela sobre o rio. Ao longo da faixa de 170 quilômetros submersos entre Foz do Iguaçu e Guaíra, 8.519 propriedades urbanas e rurais foram alagadas na margem brasileira, e seus donos indenizados. O município de Guaíra também passou a receber royalties da Itaipu pelo alagamento das Sete Quedas.

JIE

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