Debate e discordância sobre gastos do legislativo iguaçuense

Vereadores e representantes de entidades em Foz do Iguaçu se reuniram para debater os gastos do legislativo. O encontro acontece após divulgação de estudo comparando os gastos de câmaras municipais das maiores cidades do interior do Paraná.

Na reunião, as lideranças setoriais e parlamentares entenderam que é preciso aprofundar o debate sobre o manifesto apresentado pela ACIFI, OSFI, OAB-Foz do Iguaçu, Iguassu Convention & Visitors Bureau, Sindhotéis e Comtur (no dia 21) e pela nota pública apresentada pela presidência da Câmara de Vereadores (no dia 29).

Discordância

O principal ponto de discordância entre as partes está na forma como debater os gastos da Câmara de Vereadores em conjunto com a sociedade. Entre outros dados, o comparativo feito pelo Observatório Social pegou o orçamento geral do legislativo e dividiu pelo número de vereadores, resultando num valor per capita por habitante do município.

Posições

O presidente do Observatório Social, Giuliano Inzis, reiterou e mostrou que estão corretos os valores apresentados pelo comparativo entre Foz do Iguaçu, Maringá, Cascavel, Londrina e Ponta Grossa. “A discordância está na forma de interpretação dos números. Vamos encontrar caminhos para unificar os trabalhos”, afirmou.

O padre Giuliano Inzis frisou ainda que o objetivo do trabalho foi analisar as contas gerais da Câmara e não o custo de cada Vereador. Lembrou também que é preciso ampliar a transparência e a funcionalidade do portal da Casa de Leis.

A Câmara Municipal argumenta que, dentro do orçamento geral da casa, é preciso separar os salários dos vereadores e assessores do custeio e dos salários dos 49 funcionários concursados. Um dos dados divulgados foi que o orçamento geral foi dividido entre 15 vereadores, resultando em R$ 1,1 milhão dando uma “impressão equivocada” da relação custo por vereador e habitante, sustenta o legislativo.

O orçamento executado da Câmara Municipal no passado foi de R$ 17.263.658,30.  O orçamento previsto para este ano é de R$ 20,7 milhões, porém este valor está em aberto visto que faltam dois meses para fechar o exercício. Tanto as entidades representativas da sociedade civil organizada quanto os vereadores buscam ferramentas para reduzir o valor e aproximar as instituições de toda a comunidade.

Além do padre Giuliano, participaram do encontro o presidente e vice-presidente da ACIFI, João Batista de Oliveira e Célia da Rosa; o presidente da OAB, Valter Candido Domingos; o presidente do
Conselho Superior Deliberativo da ACIFI, Roni Temp; o presidente da Câmara Municipal, Zé Carlos; o vereador Hermógenes de Oliveira; e o assessor técnico da diretoria administrativo do legislativo, Gilvane Rodrigues.

Com assessoria

Sair da versão mobile