Itaipu moderniza sistema de para-raios das linhas de transmissão


Itaipu está substituindo os antigos cabos para-raios por um sistema mais moderno, digital, equipado com uma dupla função: além de proteger as linhas contra descargas atmosféricas, os novos cabos também permitem a comunicação de dados via fibras ópticas.

A mudança abrange as linhas L1 e L4, entre a usina e a subestação da margem direita, a L12, continuação da L4, entre a subestação da margem direita e a subestação de Furnas, e a L8, entre a usina e a subestação de Furnas. Ao todo, a nova “rede óptica industrial” tem 27 km de novos cabos aéreos, instalados a 30 metros do chão, junto às torres, o que evita danos em escavações, por exemplo.

“Estamos ampliando os canais de comunicação e, consequentemente, aumentando a confiabilidade e redundância do sistema como um todo”, disse Josias Aguera da Costa, da Divisão de Montagem Eletromecânica (SOCM.DT).

Na L1 e L8, a substituição foi feita em 2013. Agora, na etapa final do serviço, foi a vez de concluir a troca do cabeamento na L4 e L12. O trabalho ocorreu nesse último fim de semana e envolveu mais de 30 pessoas, entre terceirizados e empregados da Itaipu.

Para fazer a substituição do cabo na linha L4, foi necessário interditar as pistas das Cotas 225 e 144 (montante) e meia-pista da Cota 144 (jusante). “É um trabalho complexo, que demanda um excelente planejamento, no qual o operador fica a 80 metros do chão e desce em um guindaste na Cota 225 junto ao paredão da barragem”, explicou o gerente da SOCM, Wilton Rios Cordeiro.

Do aço à fibra

Por fora, o novo cabo é parecido com o usado anteriormente. A maior diferença do cabo para-raio convencional para o Optical Ground Wire (OPGW), ou cabo de aterramento óptico, está no interior, por onde passam 36 fibras ópticas imersas em um gel, dentro de um tubo plástico.

O núcleo é protegido contra a tração do cabo por fibras de alta resistência, em um sistema idêntico ao usado nos coletes antibalas. A proteção contra a descarga elétrica é feita pelo tubo e fios de alumínio que envolvem o núcleo.

“Além da proteção como para-raios, ele tem a função de comunicação óptica e será usado para troca de informações entre os equipamentos da UHI, Subestação da Margem Direita e Furnas. Além disso, este sistema poderá ser utilizado para outras funções, como o envio de sinais das câmeras de segurança, intranet e internet”, completou Josias da Costa.

JIE

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