O trabalho da vigilância epidemiológica

Por AMN

Os cuidados com a Dengue e a febre de Chikungunya tem tomado bastante atenção da Secretaria Municipal de Saúde, já que Foz do Iguaçu está localizada numa tríplice fronteira e é porta de entrada para o Mercosul, com realidades sanitárias bastante distintas. É caracterizada como área de risco, devido ao registro de uma população flutuante em torno de um milhão e duzentos mil pessoas, entre turistas e caminhoneiros circulando na região e paralelo a está situação, o comportamento epidemiológico da Dengue no município.

A Dengue tem se comportado de modo endêmico nos últimos dez anos, com o registro de várias epidemias e um aumento dos casos graves, culminando com vários internamentos e 6 óbitos até o presente momento, demonstrando uma tendência para os próximos anos.

Diante deste quadro, se faz necessário que o município se mantenha em estado de vigilância e alerta permanentes, principalmente no que se refere os serviços envolvidos, tanto dos setores públicos como privados. Estes devem se reestruturar de forma a enfrentar uma possível epidemia de maneira eficaz e com resultados satisfatórios.

AÇÕES

Com a finalidade de manter a vigilância nos casos, o município todos os anos atualiza o plano de contingência da Dengue que enumera as principais ações, que devem ser desenvolvidas para prevenção e controle da doença e indica os respectivos responsáveis.

É realizada capacitação dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de Enfermagem). As capacitações são realizadas de formas ordinárias semestralmente e tem como objetivo evitar o óbito do paciente com Dengue, os temas abordados são:
Diagnóstico, classificação de risco e manejo clínico do paciente suspeito de Dengue.

São capacitados pelo setor de Vigilância Epidemiológica, todos os profissionais de saúde da rede pública e privada do município de Foz do Iguaçu, inclusive todos os anos esta capacitação é estendida aos 8 municípios de abrangência da 9ª Regional de Saúde.

Este ano além da Dengue, a equipe de Vigilância Epidemiológica está capacitando a equipe sobre Febre do chikungunya, uma doença nova para o Brasil, mas antiga em países asiáticos e africanos. “No momento esta doença e de relevância para o nosso país e município porque se encontra em estado de epidemia no Caribe, sendo assim já foram registrado no Brasil vários casos importados dessa doença”, explica a Mara Cristina Rípoli Meira, enfermeira da Vigilância Epidemiológica.

FEBRE DO CHIKUNGUNYA

A Febre do Chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes aegypti. A doença tem transmissão autóctone restrita a países da África e Ásia, e até então com registros de casos importados nos Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa, Martinica, Guadalupe e no Brasil. No final de 2013 foi registrada a transmissão autóctone da doença em vários países do Caribe.

A infecção pelo vírus Chinkungunya provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores musculares. Os sintomas costumam persistir por 7 a 10 dias, mas a dor nas articulações pode durar meses ou anos e, em certos casos, converter-se em uma dor crônica incapacitante para algumas pessoas. Não existe tratamento específico nem vacina disponível para prevenir a infecção por esse vírus.

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