Município não conseguiu comprovar recursos enviados para a Saúde

O Conselho Municipal de Saúde (Comus) se reuniu na manhã desta quinta-feira (31) para debater os problemas relacionados ao Hospital Municipal e ao corte dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Ministro Costa Cavalcanti, devido a falta de pagamento das dívidas do município com o unidade.

Segundo o presidente do Comus, Sadi Buzanelo, a dívida do município com o Hospital Costa Cavalcanti chega a R$ 20 milhões, sendo R$ 4 milhões contraídas na administração do ex-prefeito Paulo Mac Donald e R$ 16 milhões da atual administração Reni Pereira. “Tivemos uma reunião emergencial ontem com o comando do Hospital Ministro Costa Cavalcanti , na qual também participou o secretário de Saúde do nosso município e a realidade é muito triste”, disse.

A suspensão total dos serviços pelo SUS no Costa Cavalcanti ainda deve cumprir uma legislação, que incluiu um comunicado ao Ministério da Saúde, Comus e Município. De acordo com Buzanelo isso deve demorar entre 30 e 60 dias. “Estamos reunidos para ver outra saída, embora a Fundação ela é pontual, se não houver o pagamento dessas dívidas acumuladas ao longo desses três anos o HMCC deixa de atender o SUS”.

Repasses da União

Em entrevista à Rádio Cultura na quarta-feira (30), o chefe da 9° Regional de Saúde, Ademir Ferreira, informou que existe uma inoperância de informações em relação com o que acontece com a Saúde no município de Foz do Iguaçu. Ferreira citou como exemplo o teto da Tabela SUS no município que é de R$ 64 milhões, sendo que no ano passado o governo federal enviou R$ 67 milhões, mas que o município só conseguiu comprovar R$ 46 milhões.

“Ou seja, apenas 64% do que recebe da União o Município conseguiu comprovar, por falta de equipamento, por falta de gente, por falta de lançamento. Ou seja, é muito difícil conseguir qualquer aporte de recurso de mudança do teto financeiro, se não demonstra o que faz. Na frieza dos números, o município em dezembro de 2013, deveria fazer um cheque de R$ 20 milhões e devolver para a União porque não gastou o dinheiro, em teoria”, disse Ademir Ferreira.

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