Bate-boca entre cabos eleitorais marca o início da convenção do PMDB

Ânimos exaltados entre os cabos eleitorais que apoiam a candidatura própria do PMDB ao governo e aqueles que defendem uma coligação do partido com o governador Beto Richa (PSDB) se enfrentaram minutos antes do início dos votos dos 700 delegados. A confusão aconteceu em frente à sede da Sociedade Urca, em Curitiba, onde ocorre a convenção estadual. Com provocações dos dois lados, alguns chegaram a trocar socos e pontapés, mas logo foram separados pela turma do “deixa disso”. Em outro ponto, o deputado Luiz Claudio Romanelli, favorável a coligação com os tucanos, também bateu boca com o deputado Cleiton Kielse, favorável à candidatura própria.

Os cabos eleitorais estão do lado de fora e com gritos e palavras de ordem fazem um grande barulho no bairro Ahú. Denúncias de compra de votos dos dois lados chegam a todo momento. Até às 9h30 a votação, marcada para começar às 9 hora, ainda não havia se iniciado. O deputado federal Rodrigo da Rocha Loures disse que enfrentou dificuldades para chegar no local. “Enfrentei muita dificuldade e uma falta de respeito imensa por representantes da coligação com Richa. É um desrespeito. Enfrentei três barreiras, dezenas de segurança, um absurdo total. Mas vamos vencer e o PMDB terá candidatura própria”, afirmou Loures.

O senador Roberto Requião chegou ao local pouco antes das 9 horas e disse ter certeza da vitória. “Não vamos aceitar que vendam o Paraná. Temos a grande maioria dos votos e a candidatura própria vai vencer hoje”, afirmou. Questionado se o partido vai ficar ainda mais rachado, o senador rebateu: “O único partido que não tinha dissidência era o Nazista”. O ex-governador Orlando Pessuti, que até terça-feira defendia candidatura própria e anunciou apoio a coligação com Richa, também afirmou que a vitória será da união com os tucanos e atacou Requião. “Se eles dizem que há compra de votos em favor da coligação, também denúncias que o grupo de Requião estaria tentando comprar o voto dos delegados. Ele (Requião) não me deixou ser candidato ao governo em 2010 e agora o PMDB vai barrar sua candidatura”, afirmou.

Fonte: Banda B

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