Leilão dos bens da Santa Casa não atinge objetivo com as vendas

Por Daryanne Cintra

 

No mês de maio a Massa Falida dos funcionários da Santa Casa realizou duas praças de leilões dos bens do hospital. A intenção com isso era conseguir recursos financeiros que seriam destinados aos pagamentos dos funcionários, problema este que se arrasta desde 2006. Porém de acordo com Paulo Sérgio Ferreira, que está à frente da administração da Massa Falida, mesmo com os leilões o objetivo não foi atingido.

“Infelizmente a gente não conseguiu vender todos os bens. Existe muita coisa ainda para vender. Mas imediatamente diante dessa negativa da venda dos bens que não houve, nós pedimos no mesmo momento para a juíza, providências urgentes para que ela desse um despacho para que o sindicato pudesse fazer outro leilão com caráter de urgência”, disse Paulo.

Na época em que o leilão foi anunciado, Paulo Sérgio disse em entrevista a Rádio Cultura que leilão iria resolver boa parte dos problemas com relação à dívida com os ex-funcionários. “Resolvido isso nós estaremos com 90% do quadro de credores pronto. O próximo passo será fazermos os pagamentos. Nós temos uma conta com 3 milhões depositados e mais uma conta com pouco mais de 1 milhão. Esse valor não paga os 100% dos funcionários. A ideia é pagar proporcionalmente, um pouco para cada um”, disse Paulo, no mês de abril.

Embora o objetivo e a expectativa tenha sido a de resolver o problema, não foi isso que aconteceu. “Nós já gastamos 600 mil reais em aluguel para manter esses bens guardados. Por conta disso, temos uma necessidade urgente em vender esse material para que, finalizando isso a gente possa resolver a questão dos prontuários para então darmos início ao pagamento dos trabalhadores”, pontuou Paulo.

Para uma segunda tentativa em resolver o problema, uma nova pasta de leilão está prevista para o dia 26 de agosto, sendo que os bens estarão a venda em média à 40% do valor real. Não havendo a venda total neste dia, uma nova praça será realizada no dia 27 a qualquer preço. “Isso quer dizer que, qualquer pessoa que der o maior lance, ainda que não seja o valor, levará todos os bens que atualmente estão avaliados em 83 mil reais”, completou.

Ainda de acordo com, Paulo Sérgio, “A juíza liberou a venda dos bens, como macas, cadeiras de rodas, aparelhos instrumentais. Existem materiais que podem ser usados, e outros que são destinados para sucata”, disse. Quem tiver interesse deve acompanhar o cronograma de leilões que em breve divulgará o local e o horário através do site www.sidsaúdefoz.com.br

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