UNILA: Alunos irão instalar Sistema de Monitoramento da dengue

Com a preocupação da dengue em Foz do Iguaçu, estudantes dos cursos de Ciência Biológicas, Saúde Coletiva e Ciências da Natureza da UNILA, estão desenvolvendo ações em um projeto de extensão que tem como objetivo implantar um Sistema de Monitoramento do Vírus da doença na cidade.

Os resultados do projeto poderão auxiliar no planejamento de políticas públicas mais eficazes para a prevenção e combate da dengue.

Para montar o sistema de monitoramento, os alunos vão instalar armadilhas de Aedes Aegipty – mosquito que quando contaminado pelo vírus transmite a dengue – em dez pontos estratégicos da cidade. Após a captura, os insetos serão analisados em laboratório para descobrir se estão contaminados pelo vírus.

O projeto também visa esclarecer quais os sorotipos da dengue que circulam pela cidade. O coordenador, professor Cristian Rojas, explica que existem quatro sorotipos e sua presença numa localidade está diretamente ligada aos casos de dengue hemorrágica, a forma mais perigosa da doença. Os casos de dengue hemorrágica aumentam quando já se teve na cidade um sorotipo e se é visitado por um segundo sorotipo. Então saber essa informação tem uma grande relevância epidemiológica”, enfatizou. O projeto de extensão está sendo desenvolvido com o apoio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Foz do Iguaçu. Futuramente, o sistema de monitoramento também deve ser implantado em Ciudad del Este e Puerto Iguazu.

A previsão é que os dez pontos de coleta sejam instalados até o final do mês de junho, quando o sistema de monitoramento começa a funcionar. Enquanto isso, os estudantes estão recebendo um treinamento sobre as técnicas de Biologia Molecular que serão utilizadas nas análises das amostras.

Envolvimento da Comunidade

Na tentativa de mudar o atual panorama de prevenção da dengue, o sistema de monitoramento também prevê o envolvimento da comunidade. Para isso, pelo menos quatro dos dez pontos de coleta serão escolas municipais da cidade. Com as crianças das escolas, os bolsistas e voluntários do projeto irão desenvolver atividades de educação em saúde e discutir aspectos de relevância sobre o vírus e a doença, assim como a importância do sistema de monitoramento do qual estão fazendo parte.

A Escola Municipal Padre Luigi, na Vila C, foi a primeira a se integrar ao grupo. Crianças da quarta série foram treinadas e estão montando as armadilhas para a captura dos mosquitos. “Eles serão os multiplicadores, na escola e na comunidade”, disse a orientadora do projeto, professora Carmem Gamarra.

Com assessoria

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