Internet foi tema de debate no Contraponto

Por, Dante Quadra

No último mês de abril foi aprovado pelo Congresso brasileiro o Marco Civil da Internet, que regulamento a rede de computadores em território nacional, funcionando como uma “Constituição” da internet. A nova lei foi vista com pioneira e poderá ser usada como exemplo por outros países. Com a lei, o governo acredita que seja mais fácil coibir os crimes virtuais e direitos autorais. O programa Contraponto debateu o assunto nesta terça-feira (27), com o delegado da Polícia Civil Geraldo Evangelista, a psicóloga Angelina Vasconcelos Chazarreta e a advogada Sandra Tabert.

Com maior poder aquisitivo e facilidade de compra, os brasileiros começaram a comprar computadores pessoais e parelhos de celulares smartphones, que tornaram o país o segundo no mundo em acesso à internet, atrás apenas dos Estados Unidos. Devido ao grande número de usuários nas redes sociais, pela primeira vez o gigante Facebook montou uma sede fora dos Estados Unidos e hoje conta um escritório em São Paulo, que responde por toda a América Latina. Já em número de aparelhos smartphones vendidos, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos e China.


Para a psicóloga Angelina Vasconcelos, poder se mostrar na internet dá a pessoa a impressão de ser famosa. “Hoje em dia ser famoso é muito bom, a palavra celebridade não era ouvida. Ser celebridade se tornou um valor, todo mundo quer ser. As pessoas estão sentindo a necessidade de aparecer, em muitos aspectos narcisistas. Até determinado ponto não é problema, o problema é quando começa a virar doença, ser prejudicial quando se torna um vicio. Se torna uma doença quando começa a atrapalhar a vida pessoal e profissional. Essa doença hoje é chamada de cyber mania.

A psicóloga avisa sobre os riscos do uso excessivo das redes sociais, que podem prejudicar a vida da pessoa. Por isso, é preciso prestar atenção em alguns sintomas: Varias horas no computador, deixar as responsabilidade de lado para navegar na internet, alterações no humor quando não pode usar a internet.


Para a advogada Sandra Tabert, já existem leis no Brasil para regulamentar o uso da internet no país e quando isso passa a ser um crime contra terceiros. Já existem leis. Crimes através da internet são muito mais complicados. Se o IP é daqui fica mais fácil, o problema é quando o IP está no exterior. A Lei Carolina Dickman, por exemplo, foi criada muito rápida e é muito frágil, sendo que os termos são ambíguos e a pena máxima muito pequena”, ressaltou.


O delegado Gerald Evangelista, informou em Foz do Iguaçu existe uma multiplicidade de crimes virtuais. Segundo o delegado, de a 2013 esses crimes dobraram, principalmente de estelionato, pornografia, racismo, intolerância religiosa e homofobia. Quanto a perfis de sátiras de pessoas na internet, o delegado salienta que existe o direito de liberdade de expressão, mas isso é preciso ser dosado para que a pessoa não se sinta constrangida.

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