Método “Fracking” é debatido em reuniões da Acamop

O 2ª Secretário e membro da diretoria da Associação de Câmaras de Associação de Câmaras e Vereadores do Oeste do Paraná, – Acamop – o vereador Paulo Rocha, e o presidente da União dos Vereadores do Brasil no Paraná, vereador Rudinei de Moura, participaram de mais um encontro promovido pela Acamop na cidade de Corbélia, na última quinta-feira, 22, e também na cidade de Quatro Pontes, na sexta-feira, dia 23.

As reuniões abordaram os riscos ambientais e sociais da introdução do método “fracking” no Estado para a produção de energia a partir da exploração de reservas de gás.

Representando Foz do Iguaçu, o vereador Paulo Rocha ressaltou que a sociedade precisa ter o conhecimento sobre os perigos desse processo. Segundo Rocha, será organizado um abaixo-assinado contra a exploração de gás de xisto na região. “A exploração está prevista em edital da ANP-Agência Nacional de Petróleo e a tecnologia foi apontada como poluidora do solo e uma ameaça à agropecuária, especialmente avicultura e suinocultura”. Observa o vereador.

Rudinei de Moura destacou que é preciso unir forças para barrar esse tipo de explicação. Segundo o vereador, essa técnica é questionada em todo o mundo por representar um potencial dano ambiental de extensão imensa. “A Acamop vai realizar encontros regionais para repassar informações e alertar a todos sobre os riscos e prejuízos que a população em geral possa sofrer”. Finalizou.

FÓRMULA EXPLOSIVA

O “fracking” ou fraturamento hidráulico (conhecido por gás de xisto) é considerado um dos processos de produção de energia mais agressivos ambientalmente e está proibido em vários países do mundo. Ele consiste de uma fórmula contendo 609 componentes químicos (alguns deles radioativos) que são injetados no subsolo, sob a pressão de 10 mil atmosferas para fazer o metano se desprender do solo. Antes da injeção desse coquetel químico são realizadas violentas explosões no subsolo para quebrar as rochas sedimentares. No caso do Paraná, a área visada para a exploração, num polígono formado pelas cidades de Pitanga, Paranavaí, Toledo e Cascavel, fica situada bem próxima do Aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce do mundo.

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