Audiência questionou a estrutura e operacionalização do Turismo em Foz


A Audiência sobre o Turismo em Foz do Iguaçu, realizada na noite desta quinta-feira (22), proposta pelo Vereador Paulo Cesar Queiroz – Coquinho (Solidariedade) reuniu diversas autoridades e entidades relacionadas ao setor na cidade e gerou uma discussão produtiva a respeito das percepções e carências da estrutura e serviços que a cidade oferece ao turismo local.

O Presidente do Legislativo- Vereador Zé Carlos (PROS) abriu os trabalhos da audiência reiterando a relevância em dar voz à população para debater o tema e, posteriormente passou a condução ao Parlamentar proponente. O Presidente do Comtur e Sindetur (Sindicato das empresas de turismo de Foz do Iguaçu) – Paulo Angeli, destacou: “essa audiência tem um significado muito forte, vocês acompanharam uma luta recente para que continuássemos tendo o direito de levar nossos turistas até as Cataratas. Saiu uma Portaria do Instituto Chico Mendes nos permitindo trabalhar por mais um ano e meio, até que se revise o plano de manejo do PNI. Temos muitas lutas pela frente”.

O Diretor Presidente do Singtur, Sidnei dos Reis, relatou: “Somos em 830 Guias de turismo em atividades, 1088 registrados no Ministério do Turismo. O Guia é uma figura importantíssima, ele sabe se o turista está saindo realizado ou não. A gente percebe que a maioria das pessoas saem felizes, satisfeitas. Embora ainda apresentemos várias falhas no serviço, na estrutura”.

Júlio César Rodrigues, Presidente da Associação de Receptivo Internacional de Foz- Atrifi, foi enfático em sua crítica: “Foz do Iguaçu é uma cidade com atrativos turísticos. Temos muito a se pensar e repensar para fazermos de Foz do Iguaçu uma cidade verdadeiramente Turística. De vida noturna, a saber, Foz do Iguaçu não oferece nada”. Outros aspectos deficitários da cidade foram debatidos, como: a ausência de um Portal de entrada do Município; Falta de acessibilidade nos pontos turísticos mais importantes, como ao Parque Nacional do Iguaçu e precariedade da Rodoviária da cidade, porta de entrada de muitos visitantes. Além desses pontos: a falta de espaços coletivos para a própria população Iguaçuense. “Quando a população estiver bem assistida, o turista vai se sentir melhor na cidade”, afirmou Simone Villanueva, Presidente da ABIH.

O Vereador Luiz Queiroga destacou o compromisso da Casa de Leis em levar as grandes reinvindicações que vão fazer a diferença no nosso anel viário. “No nosso último feriado passaram 800 carros por hora no pedágio no caminho de Foz do Iguaçu. Então, precisamos rever o trânsito simultaneamente ao turismo”.

O Secretário Municipal de Turismo, Jaime Nelson Nascimento, fez um retrato histórico do Turismo em Foz do Iguaçu, desde quando o setor ganhou força e se uniu para que houvesse uma retomada do desenvolvimento do campo. “Temos 26 projetos cadastrados, buscando recursos federais. Um deles, é solicitando um centro de Recepção de Visitantes para a cidade”.

Participaram também do debate: Fernado Martin – Presidente do IC&VB; Renato Ludwig- Superindente da Infraero; Aspirante Kendi– Representante do 14º Batalhão; Simone Villanueva Ramos- Presidente Regional da ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis; Carlos Silva- Presidente do Sindhóteis; Ariane Schreiner– Representando a Paraná Turismo, Secretaria Estadual de Esporte; Marco Brunismann – Presidente da Associação dos Condutores de Turismo de Foz do Iguaçu – Aconturfi; Licério Santos- Presidente da Ageturfi; Vitalino Capeletto- Presidente da Cootrafoz e os Vereadores: Marino Garcia (Solidariedade); Anice (PT); Fernando Duso (PT); Dilto Vitorassi (PV).

Tribuna A população fez uso da tribuna, contribuindo com a discussão e solicitando melhorias de forma pontual. Ildefonso Lourenço, do Sindicato de empresas de Mídias Externas, foi à tribuna solicitar a criação de um projeto para que haja isenção de IPI para os carros de Turismo. Marilene Giachini, Coordenadora Técnica do Núcleo de Fronteiras do Paraná, salientou: “A vontade política é o principal fator de desenvolvimento de uma região de tríplice fronteira. Nós temos de pensar grande, existem projetos que já discuti e foram apresentados no núcleo de fronteira, tal como o projeto Beira Foz. Precisamos de inciativas que gerem emprego e renda, que acabem com a pobreza da região, se cada um fizer sua parte podemos transformar isso aqui em uma metrópole turística”.

Edmundo da Silva, Representante dos Guias de Turismo, reivindicou. “Ensino de Língua espanhola nas escolas públicas municipais; precisamos de uma revitalização, do Marco das Três Fronteiras, Espaço das Américas, dentre vários locais da cidade; sinalização das vias públicas; portal com informação de guias de turismo, pontos de ônibus. Francisco Fialho, Jornalista, foi o último a se pronunciar na Tribuna e reiterou os questionamentos já levantados pelo público a respeito do Marco das Três Fronteiras. “Temos o natural, a sétima maravilha do mundo, mas um produto turístico precisa ser estruturado, adequado para sua operacionalização”. O Vereador Coquinho finalizou a discussão. “Devemos buscar o entendimento e fortalecimento nas esferas estaduais e federais, ainda há muito a se debater e fazer. Hoje temos de repensar: o que temos de oferecer?

Câmara Foz

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